quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Estudantes viajam para disputar olimpíada de astronomia na Polônia

Cinco alunos do ensino médio vão representar o Brasil na competição. Em 2012, evento será realizado no Rio de Janeiro.



Os estudantes Rafael, Tábata, Gustavo, Ivan e Pedro vão representar o Brasil na olimpíada (Foto: Divulgação)


(G1) Cinco estudantes do ensino médio viajam nesta quarta-feira (24) para a Polônia para representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês), que será realizada na cidade de Chorzów. A competição começa na sexta-feira (26) e se encerra no dia 3 de setembro. Serão 150 alunos de 27 países que vão testar seus conhecimentos em astronomia, física e matemática em quatro provas decisivas.

O grupo brasileiro é formado pelos estudantes Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, de 16 anos; Pedro Rangel Caetano, 16; Tábata Cláudia Amaral de Pontes, 17; e Gustavo Haddad Braga, 16, de São Paulo; e Rafael de Lima Bordoni, 18, do Amazonas. Eles terão a companhia dos professores Thais Mothé-Diniz, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Felipe Gonçalves Assis, ex-participante da olimpíada.

Os estudantes foram os melhores colocados na olimpíada brasileira. Eles passaram uma semana em treinamento no Planetário do Ibirapuera, em São Paulo, onde aulas de astronomia e astrofísica, além de analisarem o céu da Polônia através de uma projeção. Na competição internacional, serão submetidos a quatro provas: uma prova teórica com problemas de astronomia, que são resolvidos com conhecimentos de ficia e matematica; uma prova observacional, na qual os estudantes terão de usar um telescópio para localizar astros do céu polonês; uma prova de análise de dados; e uma prova por equipe para resolução em conjunto de uma tarefa.


Ivan Tadeu e Gustavo Haddad ganharam medalhas
na Olimpíada de Física na Bélgica (Foto: Objetivo/
Divulgação)




Nova experiência

A viagem para a Europa será uma experiência nova para o jovem Rafael. Aluno do Colégio Militar de Manaus, o estudante ganhou uma bolsa do Etapa, de São Paulo. "Agora será um novo desafio. Sempre gostei de matemática, e a participação nessas olimpíadas abre novas portas", afirma Rafael, que no final do ano vai prestar vestibular para matemática na USP.

Gustavo e Ivan, alunos do Objetivo, ganharam em julho medalhas na Olimpíada Internacional de Física, na Bélgica. "As competições envolvem criatividade. Tem de ser criativo para encontrar as respostas e é um desafio utilizar o conhecimento do ensino médio como ferramenta", diz Gustavo.

Tábata desde pequena coleciona títulos. Também bolsista do Etapa, ela já conheceu a China e a Turquia em competições de conhecimento. E ganhou medalhas em olimpíadas nacionais de matemática. "O sonho dela é estudar fora do país", diz a mãe, Maria Renilda Amaral.

A mãe de Pedro, que estuda no colégio Ser, de Sorocaba (SP), vê na participação do filho na olimpíada o resultado de uma identificação com o estudo. "Meu filho sempre teve interesse em descobrir o funcionamento das coisas e do mundo", diz Joselaine Caetano. "Para ele sempre foi uma brincadeira no bom sentido. Essas olimpíadas são uma oportunidade de conhecer mais."


Logotipo da Olimpíada de Astronomia e
Astrofísica que será realizada em 2012 no
RJ (Foto: Divulgação/UFRJ)



Em 2012, olimpíada será no Rio
O estado do Rio de Janeiro será palco da sétima edição da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, em 2012. A cidade ainda não foi definida. A professora da UFRJ, Thaís Mothé-Diniz, faz parte do comitê de organização do evento. "Queremos dar ênfase aos estudos de astronomia dos ancestrais latino-americanos, os índios brasileiros, os maias e os incas, por exemplo", destaca a especialista.

Por enquanto o maior desafio é obter apoio financeiro para a hospedagem das delegações internacionais no país. O logotipo do evento remete aos conhecimentos de astronomia dos indígenas brasileiros.

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