quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Olimpíada de língua portuguesa premia vencedores

O evento reuniu os 152 estudantes finalistas (38 de cada gênero) e seus professores

(JC) O ministro da Educação Henrique Paim, participou nesta quarta-feira da festa de premiação da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. O evento reuniu os 152 estudantes finalistas (38 de cada gênero) e seus professores.

Durante o evento o ministro da Educação, Henrique Paim disse que “a Olimpíada de Língua Portuguesa é uma celebração, uma grande festa” e lembrou a importância do professor para o sucesso do Plano Nacional de Educação aprovado este ano. “Não tenho dúvida que o sucesso da implementação do PNE passa pela valorização do professor. Se não valorizarmos este profissional, não teremos as melhorias da educação básica que o país precisa”, afirmou Paim.

Na quarta edição da olimpíada, os trabalhos abordaram os gêneros literários opinião, crônica, poema e memórias literárias. Em todas as categorias, os estudantes escreveram sobre um tema único, O Lugar Onde Vivo. Foram escolhidos 20 vencedores nacionais, dos 152 finalistas. Além da medalha olímpica, cada professor e aluno receberam um notebook e uma impressora. A escola da dupla também foi premiada com dez microcomputadores, uma impressora, além de um projetor multimídia, telão para projeção e livros. A escolha foi feita por uma comissão de dez pessoas especialmente formada para a ocasião.

Com o poema Lá vem…Lá vem… o estudante de Petrolina (PE), Jullyo Cesar Ferreira da Silva, 12 anos, foi um dos 20 vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa , na categoria Poema, onde descreve sobre o Rio São Francisco e o surgimento de sua comunidade através da enchente de 1980 . “Estou muito feliz e emocionado com o prêmio”, ressaltou o estudante.

A iniciativa do ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Centro de estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), busca aprimorar a prática dos professores em sala de aula para o ensino de leitura e escrita em escolas públicas. Nesta edição, o programa recebeu 170.266 inscrições de professores de 5.014 municípios.

Além de representantes da Fundação Itaú Social, do Ministério da Educação e do Cenpec, participaram da comissão membros da Undime, do Consed, da TV Escola, do Canal Futura, um docente de universidade pública brasileira que faz parte da Rede de Ancoragem da Olimpíada, uma jornalista especializada em educação e um importante escritor brasileiro.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Medalhistas se preparam para competições internacionais

O programa prepara os alunos para as competições internacionais

(JC) No período de 10 a 24 de janeiro próximo, 30 estudantes medalhistas de 2014 da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) participam, em Brasília, do primeiro encontro presencial do Programa Especial para Competições Internacionais (Peci). O programa prepara os alunos para as competições internacionais.

As aulas são desenvolvidas por professores de matemática com muita experiência em competições internacionais. No Peci, os medalhistas participam de atividades virtuais e presenciais durante o ano. Os 30 estudantes selecionados para o Peci 2015 são de 12 estados, sendo que as maiores representações são de São Paulo, com seis alunos, Minas Gerais, cinco, Rio de Janeiro e Paraná, com três estudantes cada.

Internacional – O portal da Obmep relaciona oito das principais olimpíadas fora do Brasil que são alvo da preparação dos alunos, entre elas a Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), que é a principal competição, realizada desde 1959, que hoje conta com equipes de estudantes de 100 países; a Olimpíada de Matemática do Cone Sul; a Romanian Master in Mathematics (RMM), da Romênia; a Asian Pacific Mathematics Olympiad (Apmo) para alunos asiáticos e da América Latina.

Em 2013, nove brasileiros conquistaram sete medalhas – duas de ouro, uma de prata e quatro de bronze e quatro menções honrosas –, em cinco olimpíadas internacionais. Desse grupo, João César Campos Vargas, de Passa Tempo (MG), obteve uma medalha de ouro na Olimpíada de Matemática de Maio, que reúne jovens de 13 a 15 anos da América Latina, Espanha e Portugal; e de prata na Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. E Bryan Diniz Borck, de Porto Alegre, conquistou medalha de ouro na Olimpíada de Matemática de Maio.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Olimpíada de Matemática premia 6,5 mil estudantes com medalhas

A competição teve 18 milhões de participantes

(JC) O Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) divulgou hoje (28) o resultado da décima edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A competição teve 18 milhões de participantes e foram premiados 6.501 estudantes, sendo 501 com medalha de ouro, 1.500 de prata e 4.500 de bronze, além de 42.043 menções honrosas. No ano passado, foram entregues 6 mil medalhas.

Segundo a coordenadora da Obmep, Mônica Souza, o trabalho não se restringe às provas da competição. “Já temos resultados, porque a Obmep não se resume só às provas, é todo um acompanhamento do aluno. O aluno premiado com medalha é convidado a participar do Programa de Iniciação Científica Júnior. Depois que ele termina o ensino médio e entra na faculdade pode concorrer à bolsa do Programa de Iniciação Científica e Mestrado. Com isso, temos um acompanhamento desse aluno. Queremos incentivar esse aluno a seguir carreira científica”, disse.

Mônica explicou que, para isso, o Impa oferece diversos tipos de material de suporte aos alunos e professores. “Além desse acompanhamento do aluno, temos também o objetivo de prover as escolas com material de qualidade – todas as escolas têm acesso, na base pública da Obmep, ao banco de questões, à solução das provas. Agora nós temos o Portal da Matemática – vídeos com aulas que abrangem do sexto ano do ensino fundamental ao ensino médio”, informou.

Este ano, participaram da competição estudantes de 46.712 escolas de 5.533 municípios, o que corresponde a 99,41% das cidades brasileiras. As provas da primeira fase foram aplicadas em maio e as da segunda, em setembro. A lista dos premiados pode ser consultada no site www.obmep.org.br.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Vencedor das principais Olimpíadas de Matemática do mundo vê a disciplina como “uma forma de arte”

"Tive que superar vários obstáculos", conta Murilo Corato Zanarella, após conquistar mais de 30 medalhas dentro e fora do Brasil

(Portal Brasil) Boa parte dos estudantes das escolas brasileiras costumam enxergar a matemática como uma das disciplinas mais temidas. Geralmente, a maior parte deles tem grande dificuldade com números, contas, fórmulas.

Entretanto, nem todos a encaram assim. Murilo Corato Zanarella, de 16 anos, demonstra, desde o primeiro ano escolar, muita facilidade e aptidão pela matéria. O interesse e o prazer em que sempre dedicou ao estudá-la resultou em prêmios, como a medalha de prata na última edição da Olimpíada Internacional de Matemática, a competição mais importante do mundo na área.

Em entrevista ao Brasilidade, Murilo, natural de Amparo, interior de São Paulo, conta que já nas primeiras séries, professores perceberam sua aptidão e lhe passavam exercícios extras para estimulá-la. Segundo o estudante, esse incentivo fez com que ele pudesse conhecer o lado criativo e desafiador da matemática.

Murilo lembra que foi apresentado às Olimpíadas de Matemática em 2008, quando estava na sexta série do ensino fundamental. Esse primeiro contato com o mundo das Olimpíadas foi por meio de um professor, que notou o potencial que ele tinha para a área de exatas. A partir daí, Murilo seguiu e não parou mais, se tornando um grande vencedor dessas competições.

Conquistas
De lá para cá foram mais de 30 medalhas em competições nacionais e internacionais: medalha de prata na Olimpíada Internacional de Matemática em 2014; ouro na Ibero-Americana com a maior pontuação possível; ouro na Olímpiada do Cone Sul (2013); duas pratas na Olimpíada da Ásia e do Pacífico (2013 e 2014); dois ouros (2012/2013) e dois bronzes (2009/2011) na Olimpíada Rio Pratense, organizada pelos países da América do Sul banhados pelo Rio da Prata: Argentina, Uruguai e Paraguai.

Participou ainda seis vezes da Olimpíada Brasileira de Matemática, conquistando um ouro (2013), duas pratas (2012/2011) e dois bronzes (2010/2009); venceu a Olimpíada Brasileira de Astronomia em 2011, além de ficar em primeiro lugar em cinco edições da Olimpíada Paulista, entre muitas outras.

No entanto, apesar desse sucesso, Murilo lembra que chegar a esses resultados não foi nada fácil: “Eu tive que superar vários obstáculos. Inicialmente, por vir de uma cidade pequena do interior, eu não sabia muito bem nem o que deveria estudar para as competições,” confessou.

Segundo Murilo, participar das Olimpíadas o ensinou a organizar seus estudos, traçar objetivos e a ter dedicação. Ele conta que seu interesse e aptidão pela matemática garantiu a ele muitas oportunidades. A mais recente foi a conquista de uma bolsa de estudos integral em um dos maiores colégios privados da capital paulista.

De acordo com a mãe do estudante, Leila Corato, o caminho que o filho percorreu para chegar a uma olimpíada como a Olimpíada Internacional de Matemática exigiu, além de talento, muito comprometimento e dedicação.

“Apesar de a caminhada nem sempre ter sido fácil, ainda acreditamos que vale a pena acreditar nos sonhos e que para buscá-los todo esforço é válido. Nos orgulhamos muito da dedicação do Murilo nos últimos anos, o que nos faz acreditar realmente que a educação é o caminho mais promissor para grandes conquistas. A história de empenho dele é um incentivo para muitos jovens.”

Relação com os amigos
Murilo conta que seu gosto pela matemática influencia os próprios amigos. Segundo ele, pessoas que antes não suportavam a matemática quando o conhecem ou sabem sua história acabam demonstrando mais interesse pela disciplina. Murilo atribui isso ao fato de a Matemática das Olimpíadas ser muito diferente da ensinada tradicionalmente nas escolas.

“Na escola você aprende algumas regras e simplesmente as aplica. A matemática das Olimpíadas tem um lado muito mais criativo, você praticamente desenvolve sua própria teoria para resolver os problemas”.

Ele acredita que quando as pessoas têm contato com esse lado mais dinâmico da matemática acabam vendo a matéria de modo diferente, gostando dela. Murilo enxerga a matemática como uma forma de arte e acredita que sua proximidade com a disciplina o tornou um jovem altamente crítico

Carreira
Ao conversar com o Brasilidade, o estudante Murilo Corato revelou pretender seguir a carreira de pesquisador. Ele presta vestibular no final desde ano para o curso de matemática e traça planos para o futuro, com mestrado e doutorado na área, pois segundo ele, gosta de refletir sobre uma matemática mais dinâmica. De acordo com Murilo, ele deseja, no futuro, pesquisar sobre problemas abertos e existentes na matemática.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

7a. Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

Cerimônia de premiação será no dia 26/11 na Fiocruz, Rio de Janeiro

(JC) A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), projeto educativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chega ao fim de sua 7ª edição premiando professores e alunos no dia 26 de novembro, a partir das 9h, na Tenda da Ciência, na Fiocruz, Rio de Janeiro. Além dos 68 contemplados vindos de todas as regiões brasileiras, a cerimônia de premiação nacional vai contar com a presença de autoridades da Fundação, dos coordenadores regionais da Olimpíada e terá palestra de abertura feita por André Trigueiro, jornalista especialista em sustentabilidade (Globo News/Puc Rio). Na ocasião, serão anunciados os destaques nacionais, ou seja, os melhores trabalhos dentre a lista de destaques regionais e placas comemorativas vão ser dadas a cada trabalho premiado.

Após cinco meses com inscrições abertas, a sétima edição da Olimpíada teve um recorde de trabalhos: foram 520 projetos recebidos de todo o Brasil. Os jurados convidados para as avaliações regionais, realizadas no mês de outubro, ficaram impressionados com a diversidade das temáticas, a criatividade nas abordagens e o engajamento de professores e alunos de cada canto do país. A lista de premiados foi divulgada no site e redes sociais da Olimpíada no dia 28 de outubro e pode ser acessada em: http://www.olimpiada.fiocruz.br/premiados-7obsma. Entrevistas com os coordenadores regionais falando sobre as avaliações e os trabalhos recebidos nessa edição também podem ser encontradas no site: www.olimpiada.fiocruz.br .

Sobre a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente – Fiocruz
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA) é um projeto educativo criado em 2001 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por meio da Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC) em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Desde 2013, a Olimpíada realiza parte de suas atividades, como as Oficinas Pedagógicas e a Mostra Olímpica, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do edital voltado a Olimpíadas Científicas. A OBSMA tem abrangência nacional é organizada em regionais e a cada dois anos projetos desenvolvidos por professores e alunos em sala de aula, que abordem as temáticas de saúde e meio ambiente, podem ser enviados para avaliação. Comissões regionais avaliam e escolhem os trabalhos que mais se destacam em todo o país para que sejam premiados e divulgados. A Olimpíada contempla os trabalhos realizados por alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio – incluindo os ensinos profissionalizante e de jovens e adultos (EJA) -, nas modalidades Produção Audiovisual, Produção de Texto e Projeto de Ciências.

A OBSMA busca incentivar a realização de trabalhos que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde no Brasil, além de possibilitar que o conhecimento científico se torne próximo do cotidiano escolar e que as atividades pedagógicas de professores e escolas ganhem visibilidade. Estão entre os objetivos da Olimpíada:

(1) incentivar a realização de atividades interdisciplinares relacionadas à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida, nas escolas brasileiras de educação básica e;

(2) conhecer, valorizar e divulgar essas atividades.

Contabilizando cerca de quatro mil projetos inscritos em todas as edições, a Olimpíada já recebeu trabalhos que chamaram a atenção para temas como preservação de recursos hídricos, problemas gerados pelo lixo, malefícios causados por agrotóxicos, entre outros, expressos em poesias, documentários, cordéis, pesquisas de campo, reportagens e projetos de reciclagem.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Olimpíada define nesta sexta os ganhadores regionais de poemas

Participam da quarta edição 38 finalistas

(JC) Estudantes que concorrem no gênero literário poema na quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro participam, em Belo Horizonte, da etapa regional, que definirá 38 finalistas. O encontro, que reúne também os 125 professores desses estudantes, do quinto e do sexto anos do ensino fundamental, foi encerrado na sexta-feira, 31.

A olimpíada terá, até 20 de novembro próximo, outras três etapas regionais para a seleção dos finalistas:

De 3 a 6 de novembro, em Maceió, dos alunos do sétimo e oitavo anos do ensino fundamental, gênero memória.

De 10 a 13 de novembro, em Porto Alegre, dos alunos do nono ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, gênero crônica.

De 17 a 20 de novembro, dos estudantes do segundo e do terceiro anos do ensino médio, gênero artigos de opinião.

A seleção final, de 24 a 28 de novembro, caberá a uma comissão nacional. A premiação será entregue em 1º de dezembro, em Brasília. As quatro etapas regionais reúnem, no conjunto, 500 estudantes semifinalistas e seus professores. Em cada gênero literário serão selecionados 38 finalistas, que terão os textos avaliados pela comissão nacional, coordenada pelo Ministério da Educação. A comissão apontará os 20 melhores textos.

Atividades — Conforme o regulamento da olimpíada, os encontros regionais visam a ampliar as habilidades de leitura e escrita e o universo cultural dos alunos, além de desenvolver, com os professores, atividades que contribuam para melhorar a qualidade do trabalho docente.

Nos quatro dias de duração de cada etapa regional, a equipe técnica da olimpíada analisa, com os semifinalistas, os textos desenvolvidos e os ajuda a produzir novos trabalhos. Esse material, também de acordo com o regulamento, vai subsidiar a análise e a seleção finais.

As comissões julgadoras regionais são organizadas e coordenadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e constituídas por representantes do Ministério da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da Fundação Itaú Social e de universidades e por professores de língua portuguesa. Cada comissão tem o mínimo de sete integrantes.

Mobilização — A quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro mobiliza 46.902 escolas públicas. Nos 26 estados e no Distrito Federal, 5,1 milhões de alunos concorrem com poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião. O tema de todos os gêneros é O Lugar onde Vivo.

Dos 5.565 municípios do país, 5.041 estão representados na competição, o que representa 90,1% do total. Em 12 estados, 100% dos municípios aderiram.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Campeão de astronomia fará Enem para estudar engenharia aeroespacial

Romero integrou equipe que venceu olimpíada latino-americana no Uruguai. Craque em matemática, treina redação e literatura para entrar na UFMG.



(G1) O adolescente Romero Moreira Silva, de 17 anos, tem medos pouco recorrentes para a maioria dos vestibulandos: enquando os estudantes costumam ver a matemática como bicho de sete cabeças, é em matérias como literatura que o jovem de Itabira, em Minas Gerais, diz ter mais obstáculos. Fera em exatas, Romero já conquistou 14 medalhas em olimpíadas do conhecimento. A mais recente, de ouro, ele ganhou como integrante da equipe brasileira na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astrofísica, em Montevidéu, no Uruguai.

Mas na reta final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o jovem tenta conciliar os estudos na escola e para as olimpíadas com o cursinho pré-vestibular para o exame do MEC, que ele vai fazer nos dias 8 e 9 de novembro.

"Eu também estou estudando para a escola, é final de ano e tem bastante trabalho para entregar. Mas, além da olimpíada, o principal é o Enem", explicou ele ao G1. "É o Enem que vai me permitir uma chance de estudar o curso que eu quero."

Nos últimos anos, Romero diz já ter participado de quase 20 olimpíadas de astronomia, matemática, física e geografia. "Acho que a que me deu mais oportunidade foi a de astronomia. Ela e a de matemática, por causa dos cursos que consegui. E a de astronomia pela oportunidade de poder competir fora do Brasil", explicou ele, que fez sua primeira viagem internacional para a competição latino-americana no Uruguai, que terminou no dia 16 de outubro.

"Adorei [a viagem], troca de culturas foi muito enriquecedora", disse.

O plano de Romero passa inevitavelmente pelo Enem: sua primeira opção de curso superior é engenharia aeroespacial na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que aderiu ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e usa a nota do exame para selecionar os alunos. Na edição de 2013, que ele fez como treineiro, Romero diz que já conseguiu uma vaga no curso.

"A nota de matemática acho que ajudou muito", revelou o jovem. Neste ano, ele aproveita as aulas do cursinho preparatório para o Enem para estudar as matérias de humanas, já que o estudo de exatas já faz parte do seu cotidiano na preparação para as olimpíadas.

"Eu faço exercício de tudo [no cursinho], mas o que gosto de focar mais é nas matérias de humanas, na de redação", disse Romero. "Na área de literatura talvez eu tenha ponto fraco."

Dica de matemática
A rotina do jovem mineiro é pesada: as manhãs ele passa no colégio, onde aproveita as aulas para aprofundar nos temas que estuda para as olimpíadas. A tarde é dedicada aos trabalhos da escola e estudos para as olimpíadas. À noite, Romero frequenta o cursinho.

Muitas vezes, os compromissos extra-curriculares acabam afetando os acadêmicos. Na semana passada, por exemplo, ele participou de uma etapa da olimpíada de física para estudantes de escola pública. "Acaba que eu tive que sacrificar a escola um pouquinho", explicou ele.

Mesmo assim, ele diz que consegue dar conta do recado, e ainda divide um truque para os candidatos do Enem que estão preocupados com a prova de matemática. Segundo Romero, um dos segredos da tranquilidade está em manter a confiança no sucesso. "Antes de tudo é bom manter a calma e não se dar por vencido. Você tem que sempre tentar esquadrinhar [olhar de maneira minuciosa] um pouco mais qualquer obstáculo que você tiver de vencer, porque isso ajuda muito", explicou ele.

Na hora de tentar entender o problema pedido nas questões, ele diz que a calma também ajuda. "Ajuda olhar com um pouco mais de calma, tentar olhar com novos olhos. Prestar bastante atenção na memória para lembrar das coisas."