Equipe brasileira participa de competição científica na Polônia.
Estudantes do ensino médio vão se encontrar na cidade de Cracóvia, na Polônia, para um desafio científico. Entre os dias 25 de agosto e 3 de setembro, a cidade será sede da 5ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês). O evento reúne 27 países, entre eles, o Brasil, que vai sediar o evento no ano que vem. Participante desde a primeira edição, o nosso país já conquistou seis medalhas de prata, seis de bronze e três menções honrosas. A esperança agora é conquistar a de ouro.
Cinco jovens representarão o Brasil. Eles conquistaram as primeiras colocações na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), em maio: Ivan Tadeu, 16, Pedro Caetano, 16, Tábata Amaral, 17, e Gustavo Haddad, 16, de São Paulo; e Rafael Bordoni, 18, do Amazonas. À frente da equipe, estarão os professores Thais Mothé-Diniz, do Observatório do Valongo, da UFRJ e Felipe Gonçalves Assis, ex-participante da Olimpíada.
Durante toda a semana passada, os estudantes selecionados participaram de um treinamento em São Paulo, com palestras, aulas de astronomia e astrofísica, além de analisarem o céu da Polônia por meio de projeções no Planetário. A preparação foi organizada por João Canalle, coordenador da OBA, e realizada pelos professores Julio Klafke e Thaís Mothe Diniz, todos membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). "O encontro dos jovens antes da viagem promove maior integração à equipe, o que é muito importante numa competição", ressalta Canalle.
Utilizando telescópios, calculadoras e muita criatividade, os jovens farão as provas da olimpíada internacional em três modalidades: observacional, teórica e prática. Primeiramente, os participantes vão demonstrar seus conhecimentos sobre o céu "que podemos ver". Depois, terão de resolver problemas de variados níveis sobre astrofísica, astronomia de posição, mecânica celeste e cosmologia. Por fim, vão aplicar tudo o que leram nos livros, utilizando e interpretando dados de observação do céu como um astrônomo profissional.
Segundo Canalle, a competição ajuda a motivar os estudantes a se interessarem pela astronomia. "Nossa área é muito carente de profissionais especializados e dispomos de pouquíssimos professores formados. Tanto a OBA quanto a IOAA surgem com o objetivo de atrair não só os jovens, mas também os futuros mestres em Astrofísica", prevê.
A IOAA é reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês). A organização da competição exige que cada país se comprometa a realizar uma edição da Olimpíada, arcando com todas as despesas relativas à estadia dos participantes e à organização geral do evento, que recebe apoio de diferentes setores da sociedade. Já a OBA é realizada por uma comissão formada por membros da SAB. O grupo responsável é constituído pelos astrônomos João Canalle (UERJ), Thaís Mothé-Diniz (UFRJ), Helio Jacques Rocha-Pinto (UFRJ) e Jaime Fernando Villas da Rocha (Unirio).
Mais informações: http://www.oba.org.br.
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