quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Inscrições para 9ª Olimpíada Brasileira de Biologia estão abertas

Escolas de Ensino Médio públicas e privadas podem participar da Olimpíada, promovida pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio).

(JC) As inscrições para a 9ª Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB) estão abertas. Estudantes de escolas de Ensino Médio públicas e privadas que tiverem pelo menos um professor credenciado podem participar da competição, organizada pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), desde 2005.

A OBB é dividida em duas etapas. A primeira fase, eliminatória, é constituída por uma prova com 30 questões de múltipla escolha. Os classificados para a segunda etapa farão uma prova com, no máximo, 120 perguntas objetivas. Os alunos selecionados nas duas fases farão o treinamento no Rio de Janeiro antes de representar o Brasil nas competições internacionais que, no próximo ano, serão na Suíça e na Argentina.

Entre os objetivos da Olimpíada Brasileira de Biologia estão despertar o interesse dos estudantes brasileiros pela Biologia e aproximar a universidade do ensino médio. Em 2012, o Brasil conquistou duas medalhas de ouro e duas de prata na Olimpíada Ibero-Americana de Biologia, em Portugal, e uma de bronze na Olimpíada Internacional de Biologia, em Singapura.

"As Olimpíadas de Ciências são consideradas pela Unesco um instrumento de inclusão social e contribuem para a melhoria do ensino em diversos países do mundo. Por isso, é fundamental que escolas, professores, empresas, entre outras instituições, incentivem a participação de nossos estudantes", diz a presidente da ANBio, Leila Macedo.

Para fazer o credenciamento dos professores, cada escola deverá preencher o cadastro de inscrição online na página oficial da OBB (www.anbiojovem.org.br) até o dia 9 de abril de 2013. Os próprios professores credenciados são responsáveis pela inscrição dos alunos. Podem participar da Olimpíada estudantes que tenham, até o dia 1 de julho de 2013, no máximo 19 anos e que estejam com o ensino médio em andamento ou completo, desde que nunca tenham feito matrícula em instituição de ensino superior. Na página, os interessados também podem acessar o edital e o cronograma da 9ª Olimpíada Brasileira de Biologia.

Apoio à iniciativa - Instituições e empresas que tenham interesse em incentivar a iniciativa da Associação Nacional de Biossegurança podem entrar em contato pelo e-mail olimpiadas@anbio.org.br ou pelos telefones (21) 2220-8678 ou 2215-8580.

Sobre a ANBio - A Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) foi criada em 1999 com o objetivo de difundir informações a respeito dos avanços da biotecnologia moderna e seus mecanismos de controle. No seu escopo de trabalho, estão a promoção do conhecimento relativo à biossegurança e de suas práticas, como disciplina científica, além da capacitação e orientação de profissionais que implementam a biossegurança em instituições de pesquisa e ensino da área biomédica. ANBio na internet: www.anbio.org.br.
----
Matéria similar na Agência Ciência Web

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Olimpíadas terão reforço de caixa

(JC) Competições científicas receberão em 2013 subsídio de R$ 3,3 milhões do governo federal, 10% a mais que este ano.

Com o suporte de órgãos do Estado, as olimpíadas científicas devem ganhar mais força e abrangência a partir de 2013. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou, no fim de outubro, uma chamada pública para subsidiar iniciativas de âmbito nacional com R$ 3,3 milhões. A verba é 10% maior que o valor destinado às dez competições ganhadoras do edital no ano passado.

O principal objetivo desse tipo de competição é identificar estudantes de potencial. "Os talentos estão lá, só precisam ser descobertos", afirma Euclydes Marega Júnior, coordenador da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), organizada desde 1999. Na edição deste ano, estão inscritos 650 mil alunos de mais de 3,5 mil colégios. "Temos muitos estudantes ótimos. Se bem preparados, podemos competir com o resto do mundo."

Um dos representantes do Brasil nesse embate com outros países é o engenheiro de software Leonardo Ribeiro, de 24 anos. No ano passado, ele participou da International Mathematics Competition (IMC), na qual ganhou menção honrosa representando o Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Antes de entrar na faculdade, ganhou 15 medalhas em competições nacionais de física, química e matemática - matéria que lhe garantiu um ouro em 2009. "Foi um incentivo a mais para estudar, uma forma divertida, me deixou mais confortável e confiante."

"O que mais impressiona é que estimulamos jovens que, em alguns casos, nem sabiam que gostavam de matemática", afirma Claudio Landim, coordenador da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Com 46.728 instituições de 4.086 municípios inscritas, a Obmep está na 8.ª edição. Sua influência foi avaliada por uma pesquisa divulgada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do MCTI em 2011. Dos 222 pais entrevistados, 74% afirmaram que os filhos passaram a estudar mais a disciplina depois da Obmep.

Para dar suporte aos estudantes, a Obmep pretende lançar, até janeiro, um sistema para ajudar "clubes de matemática" no treinamento para a avaliação. Grupos de no mínimo três alunos poderão se cadastrar e receber, pela internet, questões preparatórias. "Vamos propor problemas e desafios para estimular o estudo."

O incentivo ao estudo pode gerar um estímulo excessivo à competição entre os alunos. Por isso algumas olimpíadas preferem avaliar o trabalho por escolas - como a de Língua Portuguesa, que reúne unidades de 5.092 cidades. "Não queremos trabalhar na linha do mérito pessoal", diz a coordenadora Sonia Madi.

Em muitos casos, a competitividade dá lugar à colaboração. É o caso de Phyllipe Medeiros, participante de concursos na área de tecnologia desde 2008, quando se inscreveu na Olimpíada Brasileira de Informática. "Um dos principais ganhos, além do raciocínio lógico, é o do trabalho em equipe."

Aluno do 6.º período do curso de Ciências da Computação na Federal de Campina Grande, Phyllipe está voltando ao Brasil depois de um estágio no Facebook, na Califórnia. "Perdi a última competição, mas vou aproveitar o fim do ano e treinar para a próxima."

OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA
Inscrição: de março a maio de 2013
Participantes da última edição: 200 mil
Quem pode se inscrever: alunos dos ensinos fundamental (a partir do 6º ano), médio e superior
Mais informações: www.obm.org.br

OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS
Inscrição: de fevereiro a abril de 2013
Participantes da última edição: 19,1 milhões
Quem pode se inscrever: alunos dos ensinos fundamental (a partir do 6º ano) e médio
Mais informações: www.obmep.org.br

OLIMPÍADA DE ROBÓTICA
Inscrição: a partir de março de 2013
Participantes da última edição: 30 mil
Quem pode se inscrever: alunos dos ensinos fundamental e médio
Mais informações: www.obr.org.br

OLIMPÍADA DE HISTÓRIA DO BRASIL
Inscrição: a partir de julho de 2013
Participantes da última edição: cerca de 50 mil, entre professores e estudantes
Quem pode se inscrever: alunos dos ensinos regular (fundamental e médio), profissionalizante, supletivo e EJA
Mais informações: www.museudeciencias.com.br/4-olimpiada

OLIMPÍADA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA
Inscrição: de janeiro a março de 2013
Participantes da última edição: 800 mil
Quem pode se inscrever: alunos dos ensinos fundamental e médio
Mais informações: www.oba.org.br

OLIMPÍADA DE INFORMÁTICA
Inscrição: sem data prevista para 2013
Participantes da última edição: 19,9 mil
Quem pode se inscrever: alunos dos ensinos fundamental (a partir do 7º ano) e médio
Mais informações: http://olimpiada.ic.unicamp.br/

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Equipe do ITA é Campeã Brasileira em Olimpíada de Computação



(ITA/Brazilian Space) Alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) participaram da final brasileira da Maratona de Programação 2012, organizada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), nos dias 9 e 10 de novembro, em Londrina – PR, levando para casa medalhas de ouro e prata.

O evento foi realizado pela Universidade de Londrina (UEL) e contou com a participação de 50 equipes de todas as regiões do Brasil, entre elas duas equipes do ITA, que obtiveram classificação dentre as 545 inscritas na primeira fase da competição, que representavam 194 instituições de ensino de todo o país.

A equipe do ITA “jQuery Bool, jQuery char!”, composta pelos alunos Gabriel Luís Mello Dalálio (4º ano de engenharia de Computação), Felipe Lopes de Freitas (3º ano de Engenharia de Computação) e Fernando Fonseca Andrade Oliveira (2º ano Fundamental), foi a única equipe na competição a conseguir solucionar nove problemas entre os dez propostos e conquistaram o primeiro lugar do Brasil.

O “jQuery Bool, jQuery char!” é uma das equipes brasileiras classificadas para representar o País nas finais mundiais do concurso International Collegiate Programming Contest, que será realizado em junho de 2013, em São Petersburgo - Rússia.

A segunda equipe do ITA, “MargarITA”, composta pelos alunos Diogo Bonfim Moraes Morant de Holanda (5º ano de Engenharia Eletrônica), Walter Carlos Pessoa Cacau Filho e Luca Mattos Möller (5º ano de Engenharia de Computação), também disputou esta final brasileira. Conseguiu solucionar seis questões e terminou na quinta posição, recebendo medalha de prata.

As equipes do Instituto tiveram como orientador o professor Armando Gouveia, da Divisão de Ciência da Computação. “O ITA participa do evento há onze anos e esta é a terceira vez que conquista o troféu de campeão brasileiro. Agradeço o importante apoio da empresa GSW (www.gsw.com.br) e do Banco BBM (www.bancobbm.com.br) às equipes do ITA neste ano”, diz o professor Armando.

Sobre a Olimpíada: Foram propostos dez problemas de programação que os estudantes buscavam resolver durante as cinco horas de competição, com cada equipe constituída por três estudantes. Contra o relógio, os competidores dispuseram apenas de um computador e material impresso. O primeiro critério de classificação é o número de problemas resolvidos corretamente. Em caso de empate é usado o tempo corrigido para solução do problema, considerando o tempo de prova em que a solução correta foi enviada somada a uma penalidade por submissões incorretas anteriores. Outras informações no site http://maratona.ime.usp.br

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Maranhenses Se Preparam para Olimpíadas Internacionais de Astronomia e Astronáutica



(Maurício Araya/Brazilian Space) Os alunos da escola Crescimento, Lucas Gomes e Filipe Tamburini Brito, ficaram entre os cinco melhores do Nordeste e 20 melhores do Brasil na 15ª edição da “Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica” (OBA) e podem integrar a equipe principal que representará o país na “Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica” (IOAA, na sigla em inglês) e na “Olimpíada Latinoamericana de Astronomia e Astronáutica” (OLAA). Lucas e Filipe competiram com mais de 800 mil estudantes de escolas públicas e particulares de todo o país. Da escola Crescimento, mais de 500 estudantes participaram.

A partir desta semana, o grupo dos 20 melhores classificados na OBA começou a participar de um treinamento à distância para a competição internacional. Em fevereiro e março, os estudantes passarão por provas de seleção que culminarão com a formação das duas equipes principais e reservas que representarão o Brasil na IOAA e na OLAA em 2013. Participam alunos com menos de 20 anos, e ainda não matriculados em nenhum curso de ensino superior.

“O processo seletivo se dará em duas fases. A primeira será uma prova objetiva, realizada também à distância, no início de fevereiro de 2013. A segunda consistirá numa prova presencial, discursiva, a ocorrer simultaneamente em diversas sedes regionais, no meio do mês de março”, detalhou o coordenador nacional da OBA, professor doutor João Batista Garcia Canalle, do Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Expectativa
A IOAA ocorre entre os meses de março a junho de 2013. “Os vencedores das competições podem sair com muito mais do que medalhas. Durante as olimpíadas, os participantes serão observados por professores selecionadores de universidades internacionais”, destaca o professor de Física do Crescimento, Antônio Ferro.


Filipe Tamburini, que participa de olimpíadas de conhecimento desde o ensino fundamental, e já conquistou uma medalha de ouro na OBA de 2007, quando cursava o sétimo ano, ficou tão ansioso com a notícia que só contou aos pais a novidade depois das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Para evitar mais pressão”, justificou. “Não sei, ainda, o que esperar. Vou ter que aprender a conciliar a preparação para as olimpíadas internacionais com os estudos para o vestibular. Farei provas até janeiro”, explica Filipe.


Seu colega, Lucas Gomes, também, veterano em olimpíadas de conhecimento, promete se dedicar ainda mais aos estudos nos próximos meses. “Estar na olimpíada internacional é um incentivo maior para estudar mais. Dessa vez, vou me preparar de verdade para participar da olimpíada. Vou continuar estudando, buscando questões mais difíceis, mais elaboradas, como as do ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica). Mas, primeiro vou focar no vestibular. Tenho provas até dezembro”, conta Lucas Gomes.