segunda-feira, 21 de julho de 2014

Jovem português «bronzeia-se» na Física

Olimpíadas terminaram hoje no Cazaquistão


(Ciência Hoje - Portugal) Já são conhecidos os resultados das Olimpíadas Internacionais de Física -IPhO’2014 - que terminaram hoje em Astana, a nova capital do Cazaquistão. A equipa portuguesa regressa a Lisboa com uma medalha de bronze e quatro menções honrosas na mais difícil Olimpíada Internacional de Física de que há memória.

Participaram na competição 374 estudantes finalistas do ensino secundário de 85 países. Esta Olimpíada, que vai já na XLV edição, é uma competição anual onde jovens estudantes pré-universitários são convidados a demonstrar a sua preparação em Física em dois longos e difíceis exames (um teórico e um experimental).

O nível de conhecimentos requeridos para realizar estas provas vai muito para além do programa do secundário de Física, envolvendo por parte dos estudantes imenso esforço e dedicação durante a fase de preparação.

O vencedor absoluto desta olimpíada, que obteve a melhor classificação no conjunto dos dois testes, foi um estudante da República Popular da China, Xiaoyu Xu. Este ano, contrariamente ao habitual, os prémios para melhor prova teórica, melhor prova experimental e vencedor absoluto foram todos atribuídos a alunos diferentes, o que demonstra o grau de dificuldade da prova.

Os team-leaders que acompanharam a delegação, Fernando Nogueira e Rui Travasso, fazem um balanço muito positivo da prestação portuguesa: «A prestação global dos nossos estudantes foi melhor do que nos anos anteriores, havendo desta vez um bom equilíbrio entre as classificações na prova teórica e na prova experimental».

Os docentes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) salientam que «as questões da prova teórica foram muito difíceis, exigindo muito à vontade em tópicos de Física a que os estudantes só foram expostos no processo, curto, de preparação para a IPhO. A prova experimental foi muito longa, e era necessário ter grande destreza experimental para conseguir recolher e analisar todos os dados em tempo útil».

«Aliás, as classificações gerais foram, de longe, as mais baixas de sempre. Foi o árduo trabalho individual de preparação ao longo do ano, para além da escola, que foi aqui posto em evidência. Os professores destes alunos tiveram também um papel de extrema importância, visto que a preparação experimental foi feita com eles, nas escolas e fora do horário normal. A deficiente preparação experimental ministrada no nosso ensino teria sido claramente insuficiente para realizar esta prova», concluem os docentes.

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