terça-feira, 30 de julho de 2013

Brasil conquista quatro medalhas em mundial de matemática na Colômbia

País ficou na 28ª posição na classificação geral; 97 países participaram. IMO de 2014 será realizada em Cape Town, na África do Sul.


(G1) O Brasil conquistou quatro medalhas na 54ª Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, na sigla em inglês), em Santa Marta, na Colômbia, e ficou em 28º lugar na classificação geral. O evento, que reuniu 528 estudantes de nível médio de 97 países, terminou neste domingo (28).

Rodrigo Sanches Ângelo (SP), Rafael Miyazaki (SP) e Victor Reis (PE), foram os mais bem colocados do Brasil, conquistando as medalhas de prata, enquanto Franco Severo (RJ), obteve o bronze. Os estudantes, Alessandro Pacanowski (RJ) e Victor Bitarães (MG) receberam menções honrosas na competição. A equipe foi liderada pelos professores, Edmilson Motta (SP) e Onofre Campos (CE).

Brasil participa da competição desde 1979 e acumula desde então um total de 105 medalhas, sendo 9 de ouro, 30 de prata e 66 de bronze, o que o torna o país latino-americano com maior número de medalhas na competição. No próximo ano o evento acontecerá na cidade de Cape Town, na África do Sul.

A competição
A Olimpíada Internacional de Matemática, que ocorre desde 1959, é a mais prestigiada e concorrida competição do gênero no mundo. Os objetivos do evento são descobrir, estimular e desafiar jovens talentos para a matemática, fomentar relações internacionais de amizade e criar uma oportunidade para o intercâmbio e informação sobre o estudo da disciplina entre os países participantes.

Nesta edição, participaram estudantes dos ensinos fundamental e médio com idades entre os 15 e 18 anos. Durante a competição, os jovens enfrentaram duas provas realizadas nos dias 23 e 24 de julho. Em cada dia, os concorrentes tiveram quatro horas e meia para resolver três problemas de matemática, inéditos, propostos pelos países participantes e selecionados por um júri internacional, composto por 95 professores líderes.

Os problemas da prova incluíram as disciplinas da álgebra, teoria dos números, combinatória e geometria. Cada problema vale sete pontos, que somados dão a pontuação final para a obtenção das medalhas. Este ano não houve nenhum estudante que atingisse os 42 pontos, pontuação individual máxima possível na disputa.

Durante os dias 25 e 26 o tribunal de coordenação integrado por 51 especialistas que foram indicados pelo país organizador realizou as correções dos problemas resolvidos pelos competidores. Esta correção de exames implica que os líderes e vice-líderes de cada delegação avaliem e defendam as soluções dos seus estudantes ante o tribunal, trabalho que foi fundamental na obtenção dos resultados da equipe brasileira.

Como participar da IMO
Os estudantes que representam o Brasil na IMO são selecionados pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), competição realizada anualmente nas escolas públicas e privadas em todo o país. Para integrar a equipe, os jovens passam por um intenso processo de seleção, que considera a colocação conquistada na disputa nacional, além dos resultados obtidos em cinco provas seletivas e de listas de exercícios que são resolvidas ao longo de seis meses.

Para participar da OBM, o cadastro deve ser feito pela escola diretamente no site da competição, entre os meses de março e abril de cada ano. Depois, os alunos interessados devem fazer a inscrição com o professor responsável em cada escola.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Brasil é prata na olimpíada internacional de biologia


(Mercado da Comunicação) O Brasil conquistou uma medalha de prata e duas de bronze na 24ª edição da Olimpíada Internacional de Biologia (IBO, na sigla em inglês). O evento aconteceu na cidade de Bern, Suíça, e contou com a participação de 60 delegações e 242 alunos. Esse foi o melhor desempenho de uma equipe brasileira na IBO até hoje.

A prata foi obtida pelo estudante Mateus Lavor Lira (Fortaleza, CE). E as medalhas de bronze ficaram com Tayna Milfont Sá (Fortaleza, CE) e Eric Yoshido De Paulo (São Paulo, SP). Segundo Rubens Oda, líder do grupo e coordenador da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), o país conseguiu superar todas as expectativas, ficando na melhor colocação entre as equipes latino-americanas. “Ficamos, por exemplo, na frente da Argentina, do México e da Costa Rica”, diz.

- Esse resultado é a soma de esforços de diversas instituições. Tivemos o apoio financeiro do MEC, da FAPERJ e do MCTI (CNPq). Importantes universidades e colégios contribuíram com a melhoria da preparação de nossos alunos. Além disso, o Conselho Regional de Biologia (CRBio2) foi um importante parceiro institucional - afirma Oda.

Antes de irem à Suíça, os jovens tiveram aulas teóricas e práticas de Bioquímica, Biotecnologia, Microscopia, Ecologia, Genética, Histologia vegetal e Dissecção de vertebrados e invertebrados.

A programação foi organizada pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) e contou com a participação dos professores e mestres em ciências biológicas do Museu Histórico Nacional, das Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Federal Fluminense (UFF), da Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e do Instituto de Tecnologia ORT do Rio de Janeiro.

Para o professor José Pelielo (UERJ), um dos líderes do grupo, as medalhas obtidas pela equipe brasileira mostram o crescimento da OBB e o aperfeiçoamento do treinamento realizado com os alunos olímpicos. “A partir de agora é trabalhar com mais afinco para que consigamos nosso primeiro ouro em 2014, quando se realizará a 25ª IBO em Bali, Indonésia”.

OBB e como participar de eventos internacionais
A Olimpíada Brasileira de Biologia é organizada pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) há 10 anos e conta com o apoio do Ministério da Educação (MEC), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e de parceiros sócios da ANBio.

Os alunos que têm interesse em representar o Brasil nas próximas edições das Olimpíadas Internacional e Ibero-Americana de Biologia devem se inscrever na OBB do ano que vem. O cadastro é bem simples. Primeiramente, é preciso que um professor da escola se credencie pelo site da OBB (http://www.anbiojovem.org.br/obb/). Depois, esse mesmo professor inscreve cada aluno na olimpíada.

Podem participar jovens que tenham no máximo 19 anos, até o dia 1º de julho do ano corrente, com o ensino médio em andamento ou completo e que ainda não estejam matriculados numa instituição de ensino superior.

Apoio à iniciativa
Instituições e empresas que tenham interesse em incentivar a iniciativa da Associação Nacional de Biossegurança podem entrar em contato pelo e-mail olimpíadas@anbio.org.br ou pelos telefones (21) 2220-8678 ou 2215-8580.

Sobre a ANBio
A Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) foi criada em 1999 com o objetivo de difundir informações a respeito dos avanços da biotecnologia moderna e seus mecanismos de controle. No seu escopo de trabalho, estão a promoção do conhecimento relativo à biossegurança e de suas práticas, como disciplina científica, além da capacitação e orientação de profissionais que implementam a biossegurança em instituições de pesquisa e ensino da área biomédica. ANBio na internet: www.anbio.org.br.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Astrônomo do MAST representará o Brasil na 7ª IOAA

(MAST) O astrônomo do MAST, Eugênio Reis Neto, em reunião da Comissão Organizadora da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (COBA) que é ligada à Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), foi escolhido para ser o 2º líder do time do Brasil na 7ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA). O 1º líder é o Professor Gustavo de Araújo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos/SP.

A 7ª IOAA acontece entre os dias 27 de julho e 5 de agosto, na cidade de Volos, na Grécia. Reconhecida oficialmente, em 2009, pela International Astronomical Union (IAU), a IOAA passou a contar com apoio direto da Comissão 46 (Ensino de Astronomia). Em 2012, o Brasil foi o país sede. Com apoio do MAST, esta foi a 1ª olimpíada científica estudantil internacional em solo latino-americano.

Presente em todas as edições do evento, o Brasil, neste ano, tem a equipe composta pelos estudantes Larissa Fernandes de Aquino (Olinda/PE), Allan dos Santos Costa (Bauru/SP), Daniel Mitsutani (Umuarama/SP), Fábio Kenji Arai (São Paulo/SP) e Luis Fernando Machado Poletti Valle (Guarulhos/SP).

“Ao selecionar estudantes para participar de competições internacionais de conhecimento, o Brasil os estimula para o estudo das Ciências, além de ajudar a despertar jovens talentos para a pesquisa científica”, analisa Eugênio Reis. No Brasil, os estudantes são selecionados a partir da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que existe desde 1998.

Os líderes, além de acompanharem os estudantes, são responsáveis pela tradução das provas para a língua do seu país, quando necessário. Além disso, passam a fazer parte do International Board, que tem como responsabilidade, dentre outras, supervisionar a competição para que ela seja conduzida dentro dos regulamentos, revisar as correções das provas de seu país e estabelecer os ganhadores das medalhas de Ouro, Prata e Bronze, além das Menções Honrosas.

Para Eugênio, os participantes da IOAA, estudantes de excelência do mundo inteiro, terão oportunidade de demonstrar suas capacidades e superar a si próprios, interagindo e transmitindo um pouco de sua cultura e experiência. “São os futuros engenheiros, físicos, matemáticos que guiarão nosso futuro tecnológico e espacial, e de ciências em geral, motivando outros jovens a seguirem o mesmo caminho”.