terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lançamento de foguetes reúne estudantes em desafio científico em todo o Brasil

Realizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a iniciativa é voltada para estudantes dos ensinos fundamental e médio



(A Crítica) Você sabia que com uma garrafa pet, fermento em pó e vinagre pode-se construir um foguete capaz de voar quase 300 metros? Essa é uma das propostas da VII Mostra Brasileira de Foguetes, que reúne alunos de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país.

As inscrições - para as instituições que ainda não participaram - vão até o dia 13 de março. Os estudantes do ensino médio que conseguirem os melhores lançamentos serão convidados para jornadas científicas.

Realizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a iniciativa é voltada para estudantes dos ensinos fundamental e médio. Para participar, as instituições devem se cadastrar primeiramente na OBA pelo site http://www.oba.org.br.

Em 2012, a VI MOBFOG contou com 40 mil alunos. Para essa edição, são esperados mais de 60 mil. E no ano passado, 500 jovens participaram da quarta Jornada de Foguetes, que aconteceu na cidade de Barra do Piraí (RJ).

O evento avalia a capacidade dos jovens de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet, de tubo de papel ou de canudo de refrigerante. Não há obrigatoriedade em relação ao número - mínimo ou máximo - de alunos por grupo.

Os foguetes devem ser elaborados e lançados individualmente ou em equipe. Após o dia 10 de maio - data da prova da OBA -, a escola deverá informar os nomes dos participantes e os alcances obtidos por seus foguetes.

No final, todos, incluindo professores e diretores, recebem um certificado da OBA e os estudantes que alcançarem os melhores resultados receberão medalhas.

Modelos
Os estudantes do nível 1 - do primeiro ao terceiro ano do fundamental - lançam foguetes construídos com simples canudinhos de refrigerantes. Os do nível 2 - do 4º ao 5º ano do EF) - elaboram foguetes com tubinhos de papel. Já os alunos do nível 3 - do 6º ao 9º ano - constroem foguetes com garrafas PET, mas usam somente ar comprimido para lançá-los.

Já os estudantes do ensino médio fazem também um foguete de garrafa PET, mas com um elemento mais complexo: o combustível é líquido. Durante o trabalho, os participantes aprendem, na prática, a famosa Lei da Física da Ação e Reação, de Isaac Newton.

Para isso, será usado um combustível feito a partir da mistura de vinagre com bicarbonato de sódio (fermento em pó). Além de desenvolverem os foguetes, os estudantes terão que construir a base de lançamento.

No site da OBA, no tópico “Downloads”, tem todos os detalhes para a construção dos projetos, além de vídeos explicativos.

Critérios
Os resultados serão dados pelas distâncias obtidas medidas ao longo da horizontal entre a base de lançamento e o local de chegada dos foguetes. Os resultados deverão ser enviados junto com a prova da OBA.

Os alunos do ensino médio que obtiverem mais de 100 metros no alcance devem enviar uma descrição sobre a construção do foguete e da base, incluindo fotos e filmes, se possível.

Os estudantes do ensino médio que se destacarem na MOBFOG serão convidados para Jornada de Foguetes, que esse ano terá a participação especial de estudantes colombianos medalhistas. Além de palestras com especialistas, nesse evento os participantes vão apresentar e lançar seus foguetes diante de uma comissão julgadora.

Os vencedores receberão material didático e um troféu. Ainda serão distribuídas bolsas de Iniciação Científica Júnior, com duração de um ano.

A VII Mostra Brasileira de Foguetes conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Educação (MEC) e Coordenadoria de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) e é organizada pelos seguintes membros: Pr. Dr. João Batista Garcia Canalle (UERJ), Pâmela Marjorie Correia Coelho (UERJ), Astronauta Marcos Pontes; Dr. Eugênio Reis Neto (MAST/MCT), Dr. José Bezerra Pessoa Filho (IAE), Dr. Danton José Fortes Villas Boas (IAE), Dr. José Guido Damilano (IAE) e Juliana Cilento da Silva (UERJ).

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