terça-feira, 13 de novembro de 2012

Maranhenses Se Preparam para Olimpíadas Internacionais de Astronomia e Astronáutica



(Maurício Araya/Brazilian Space) Os alunos da escola Crescimento, Lucas Gomes e Filipe Tamburini Brito, ficaram entre os cinco melhores do Nordeste e 20 melhores do Brasil na 15ª edição da “Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica” (OBA) e podem integrar a equipe principal que representará o país na “Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica” (IOAA, na sigla em inglês) e na “Olimpíada Latinoamericana de Astronomia e Astronáutica” (OLAA). Lucas e Filipe competiram com mais de 800 mil estudantes de escolas públicas e particulares de todo o país. Da escola Crescimento, mais de 500 estudantes participaram.

A partir desta semana, o grupo dos 20 melhores classificados na OBA começou a participar de um treinamento à distância para a competição internacional. Em fevereiro e março, os estudantes passarão por provas de seleção que culminarão com a formação das duas equipes principais e reservas que representarão o Brasil na IOAA e na OLAA em 2013. Participam alunos com menos de 20 anos, e ainda não matriculados em nenhum curso de ensino superior.

“O processo seletivo se dará em duas fases. A primeira será uma prova objetiva, realizada também à distância, no início de fevereiro de 2013. A segunda consistirá numa prova presencial, discursiva, a ocorrer simultaneamente em diversas sedes regionais, no meio do mês de março”, detalhou o coordenador nacional da OBA, professor doutor João Batista Garcia Canalle, do Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Expectativa
A IOAA ocorre entre os meses de março a junho de 2013. “Os vencedores das competições podem sair com muito mais do que medalhas. Durante as olimpíadas, os participantes serão observados por professores selecionadores de universidades internacionais”, destaca o professor de Física do Crescimento, Antônio Ferro.


Filipe Tamburini, que participa de olimpíadas de conhecimento desde o ensino fundamental, e já conquistou uma medalha de ouro na OBA de 2007, quando cursava o sétimo ano, ficou tão ansioso com a notícia que só contou aos pais a novidade depois das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Para evitar mais pressão”, justificou. “Não sei, ainda, o que esperar. Vou ter que aprender a conciliar a preparação para as olimpíadas internacionais com os estudos para o vestibular. Farei provas até janeiro”, explica Filipe.


Seu colega, Lucas Gomes, também, veterano em olimpíadas de conhecimento, promete se dedicar ainda mais aos estudos nos próximos meses. “Estar na olimpíada internacional é um incentivo maior para estudar mais. Dessa vez, vou me preparar de verdade para participar da olimpíada. Vou continuar estudando, buscando questões mais difíceis, mais elaboradas, como as do ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica). Mas, primeiro vou focar no vestibular. Tenho provas até dezembro”, conta Lucas Gomes.

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