(Victor Alencar - O Povo) As noticias de que o Brasil será sede dos Jogos Olímpicos em 2016 e sediará a Copa do Mundo de Futebol em 2014 não é surpresa para mais ninguém. Estamos presenciando as capitais brasileiras sendo reformadas para receber tais eventos, mas outro evento olímpico usará o Brasil como país sede e já no ano que vem. É a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (Ioaa - International Olympiad on Astronomy and Astrophysics)
Depois de negociações, o Brasil será a casa dessa olimpíada, que é relativamente nova, se comparada a outras olimpíadas tradicionais. Enquanto a Olimpíada Internacional de Matemática existe desde 1959, a primeira edição da Ioaa ocorreu em 2007, na Tailândia. Depois disso, passou em 2008 pela Indonésia, em 2009 pelo Irã, 2010 pela China e neste ano pela Polônia.
Em todas as edições da Ioaa, o Brasil teve importante participação e um desempenho expressivo, o que exemplifica o grande potencial científico-educacional do nosso País. Atualmente, o treinamento dos estudantes que compõem o time brasileiro é dirigido em grande parte por ex-participantes da olimpíada.
Todo o processo de envolvimento com olimpíadas de astronomia no Brasil, desde a participação na escola até a seleção e o treinamento para a Ioaa são compreendidos pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), chancelada pela Sociedade Astronômica Brasileira e pela Agência Espacial Brasileira. Com 14 edições já realizadas, a OBA é uma das maiores olimpíadas de conhecimento do país. Neste ano, entretanto, a OBA tem uma novidade: além da sua prova tradicional, haverá uma versão paralela: a Jornada Olímpica de Astronomia – JOA. Seu objetivo é aperfeiçoar os processos de seleção e treinamento do time brasileiro que nos representará em casa.
A JOA, assim como a OBA, é realizada por uma vertente da Sociedade Astronômica Brasileira através da sua Comissão de Olimpíadas, mas com um diferencial de que suas questões são todas voltadas para a Astronomia e de não abranger todos os níveis escolares. Poderão participar da JOA apenas os alunos regularmente matriculados e que respeitem aos níveis das provas: A (9º ano do EF e 1º ano do EM) e B (2º e 3º anos do EM). As inscrições para a prova estão abertas e ela será realizada na terça-feira, dia 21 de Junho de 2011. Para inscrever a sua escola, basta apenas entrar em contato com a coordenação da JOA pelo email: ccd.oba@gmail.com
Após a realização da prova da Jornada, haverá um evento chamado Escola de Astronomia que consiste em uma semana de atividades voltadas a construção e aprimoramento do conhecimento astronômico e após o evento o restante do treinamento e seleção é feito todo através da Internet, com atividades práticas, provas e todo o restante do material de estudo feito exclusivamente para os alunos.
Perguntado sobre o diferencial do processo de seleção e treinamento dos alunos, Bruno L’Astorina, um dos membros do CCD-OBA (Corpo de Criação e Desenvolvimento da OBAs) respondeu: “Como uma evolução natural da olimpíada (que ocorreu em diversos países em que as olimpíadas de conhecimento existem há mais tempo), a maior parte dos membros do CCD é de ex-participantes da OBA e muitos também ex-participantes de olimpíadas internacionais. Uma vez que eles já participaram da olimpíada em todos os seus níveis, eles compartilham do “espírito olímpico” que se espera que os novos participantes desenvolvam”.
Questionado sobre a Ioaa ser sediada aqui no Brasil em 2012, Bruno responde: “É a segunda vez que o Brasil sediará uma olimpíada internacional, a primeira vez foi na primeira edição da Olimpíada Latinoamericana de Astronomia e Astronáutica (Olaa) em 2009 e foi um sucesso. A integração e construção do conhecimento pela interação de alunos fazem com que uma a celebração olímpica máxima, funcionando mais ou menos como as olimpíadas esportivas.
No caso, vemos nossos melhores “atletas” (em nosso caso, um grupo de estudantes muito interessado, bem preparado e dedicado à astronomia) confrontando-se com estudantes dos demais países do mundo, em uma grande celebração da excelência e do cultivo do conhecimento astronômico”.
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