A equipe brasileira representará o país no torneio mundial na Colômbia, de 18 a 28 de julho próximo
(JC) Os seis estudantes que representarão o Brasil na 54ª Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), em Santa Marta, na Colômbia, iniciaram nesta segunda-feira (17) a última fase de preparação para a competição. O evento na Colômbia ocorrerá entre os dias 18 e 28 de julho próximo e reúne talentos para a matemática de mais de 100 países.
O time brasileiro é formado pelos estudantes Alessandro Pacanowski (RJ), Rafael Miyazaki (SP), Franco Severo (RJ), Rodrigo Angelo (SP), Victor Bitarães (MG) e Victor Reis (PE). A equipe é liderada pelos professores Edmilson Motta (SP) e Onofre Campos (CE).
A seleção brasileira foi definida por meio da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), que selecionou os estudantes entre os vencedores da competição nacional em 2012. Para integrar a equipe, os jovens passaram por um intenso processo de seleção, que incluiu uma bateria de provas e listas de exercícios, além de considerar a pontuação conquistada na disputa nacional. A equipe que representa o Brasil na IMO foi escolhida com base nos resultados obtidos pelos estudantes no processo.
Preparação
Os estudantes participarão, durante um mês, do programa de treinamento intensivo, onde terão simulados diários das provas e aulas com matemáticos com alto nível de qualificação e experiência em competições do gênero, ex-participantes das olimpíadas internacionais e acadêmicos de destaque. O programa este ano foi dividido em duas etapas iniciando as atividades na cidade de São Paulo, para posteriormente incluir a participação dos alunos no Programa de Preparação Especial para Competições Internacionais (Peci), realizado em Brasília.
Além da equipe da IMO, foram convocadas ao treinamento as equipes brasileiras da Olimpíada de Matemática do Cone Sul e da Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Para o coordenador-geral da OBM, professor Carlos Gustavo Moreira, esta etapa do treinamento das equipes olímpicas é fundamental para a obtenção de resultados relevantes na competição.
"O treinamento para as Olimpíadas Internacionais vem adquirindo um padrão bastante elevado de excelência acadêmica, tornando a equipe brasileira competitiva mesmo em relação aos países com mais tradição em Olimpíadas de Matemática. A participação de alunos mais jovens deve fazer com que as equipes dos anos posteriores cheguem à IMO ainda mais experientes, e com melhores chances de obter resultados destacados. O programa de treinamento é bastante rigoroso, mas também há espaço para atividades de lazer e interação entre os participantes, o que acaba servindo para integrar ainda mais a equipe.", disse.
Sobre a IMO
A Olimpíada Internacional de Matemática é o maior evento educacional do gênero do mundo, realizada desde 1959, a competição envolve hoje a participação de cerca de 600 estudantes entre 14 e 19 anos de idade, que fazem provas em dois dias consecutivos. Em cada dia, os concorrentes resolvem provas com três problemas, com valor de sete pontos cada, aplicados em quatro horas e meia de prova, abrangendo as disciplinas de álgebra, teoria dos números, combinatória e geometria. Em 2012 o Brasil conquistou uma medalha de ouro, uma de prata e três de bronze, ficando entre os 20 países mais bem colocados.
A participação brasileira nas competições internacionais de matemática é organizada pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) que tem por objetivos estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes brasileiras que participam das diversas competições internacionais de matemática.
A OBM é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (IMPA), da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), do Ministério de Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).
Para outras informações sobre a competição, visite: www.obm.org.br
quinta-feira, 20 de junho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
Equipe brasileira disputa Olimpíada de Astronomia na Bolívia
(Mercado da Comunicação) Já foram escolhidos os cinco estudantes do ensino médio que irão representar o Brasil na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (V OLAA), em Cochabamba, na Bolívia. O evento acontecerá entre os dias 19 e 23 de outubro.
Os jovens que irão representar o país foram selecionados pelos resultados obtidos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). São eles: Ana Letícia dos Santos (Curitiba, PR), Andrei Michel Sontag (Cândido Rondon, PR), Marton Paulo dos Santos Silva (Recife, PE), Rubens Martins Bezerra Farias (Fortaleza, CE) e Weslley de Vasconcelos Rodrigues da Silva (Teresina, PI). Da equipe, o único veterano é o piauiense, que conquistou a medalha de ouro no ano passado, na Colômbia.
A olimpíada será dividida em três etapas: teoria, prática e reconhecimento do céu. A primeira será dividida em duas partes, individual e em grupo, mesclando as delegações. Os estudantes ainda participarão de uma competição de lançamento de foguetes, construídos com garrafas pets, em grupos multinacionais. As últimas avaliações serão individuais e vão exigir o reconhecimento do céu real e o manuseio de telescópio.
Para o Dr. João Canalle, coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a iniciativa promove a integração entre os países da América Latina, além de um intercâmbio cultural e de conhecimento entre alunos e professores.
- A olimpíada surge para fomentar a união entre educadores e astrônomos. Desejamos popularizar a astronomia e a astronáutica não só no Brasil, mas também com países vizinhos. É importante termos essas oportunidades para compartilhar experiências didáticas, pois somente dessa forma podemos propagar o ensino das ciências espaciais com todos os membros – ressalta Canalle.
Treinamento
Antes de viajarem à Bolívia, os estudantes da delegação brasileira participarão de dois treinamentos intensivos com astrônomos e acadêmicos na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais. Os instrutores envolvidos no projeto são: Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR); Julio Klafke, da Universidade Paulista (UNIP); Dr. Eugênio Reis Neto (MAST) e Pâmela Marjorie C. Coelho, coordenadora da Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog).
Organização
A OLAA foi fundada em outubro de 2008 na capital uruguaia, Montevidéu, e já aconteceu no Brasil e na Colômbia. E a OBA é organizada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Mais informações:
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
http://www.oba.org.br
Os jovens que irão representar o país foram selecionados pelos resultados obtidos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). São eles: Ana Letícia dos Santos (Curitiba, PR), Andrei Michel Sontag (Cândido Rondon, PR), Marton Paulo dos Santos Silva (Recife, PE), Rubens Martins Bezerra Farias (Fortaleza, CE) e Weslley de Vasconcelos Rodrigues da Silva (Teresina, PI). Da equipe, o único veterano é o piauiense, que conquistou a medalha de ouro no ano passado, na Colômbia.
A olimpíada será dividida em três etapas: teoria, prática e reconhecimento do céu. A primeira será dividida em duas partes, individual e em grupo, mesclando as delegações. Os estudantes ainda participarão de uma competição de lançamento de foguetes, construídos com garrafas pets, em grupos multinacionais. As últimas avaliações serão individuais e vão exigir o reconhecimento do céu real e o manuseio de telescópio.
Para o Dr. João Canalle, coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a iniciativa promove a integração entre os países da América Latina, além de um intercâmbio cultural e de conhecimento entre alunos e professores.
- A olimpíada surge para fomentar a união entre educadores e astrônomos. Desejamos popularizar a astronomia e a astronáutica não só no Brasil, mas também com países vizinhos. É importante termos essas oportunidades para compartilhar experiências didáticas, pois somente dessa forma podemos propagar o ensino das ciências espaciais com todos os membros – ressalta Canalle.
Treinamento
Antes de viajarem à Bolívia, os estudantes da delegação brasileira participarão de dois treinamentos intensivos com astrônomos e acadêmicos na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais. Os instrutores envolvidos no projeto são: Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR); Julio Klafke, da Universidade Paulista (UNIP); Dr. Eugênio Reis Neto (MAST) e Pâmela Marjorie C. Coelho, coordenadora da Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog).
Organização
A OLAA foi fundada em outubro de 2008 na capital uruguaia, Montevidéu, e já aconteceu no Brasil e na Colômbia. E a OBA é organizada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Mais informações:
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
http://www.oba.org.br
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Heptacampeões relatam experiência na Obmep e em outras olimpíadas
Jovens serão homenageados em evento no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
(JC) O brasiliense Henrique Gasparini Fiúza do Nascimento, de 17 anos, e o mineiro André Macieira Braga Costa, de 18 anos, são os primeiros heptacampeões da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).
No ano passado, oitava edição do evento, os craques dos números conquistaram mais uma medalha de ouro. Eles fazem parte do grupo que será homenageado na quarta-feira (19), em cerimônia a ser realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
A bagagem adquirida durante anos de preparação para a olimpíada contribuiu para o ingresso dos jovens na universidade. André ficou em primeiro lugar na classificação geral do vestibular 2013 da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no qual foi aprovado para o curso de engenharia mecânica. Henrique conquistou sua vaga no curso de engenharia eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Henrique conta que a dedicação aos estudos começou quando estava na 4ª série do ensino fundamental e precisou se preparar para a seleção do Colégio Militar de Brasília, onde também foi estimulado a participar das olimpíadas científicas, especialmente a Obmep. "Certamente o meu primeiro ouro na Obmep [em 2006] foi decisivo para que eu me dedicasse ainda mais aos estudos da matemática", conta.
Segundo o brasiliense, o interesse ganhou força quando, a partir da 6ª série (atual 7º ano), pode participar Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), oferecido aos medalhistas da Obmep pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Em 2009, Henrique passou a dedicar mais tempo à matemática ao entrar para o Preparação Especial para Competições Internacionais (Peci), outro programa da Obmep.
"Nos primeiros anos, eu simplesmente fazia as provas anteriores e parte do banco de questões quando ficava mais perto da prova", relata. "Depois, meus objetivos mudaram bastante e, para isso, passei a ter uma rotina intensiva de estudos, lendo diversos livros de matemática e fazendo listas de exercícios fornecidos pelo curso e pela internet".
Recompensa
O resultado se revelou em diversas competições. Além das sete medalhas de ouro na Obmep, Henrique também foi premiado na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) - também promovida pelo Impa e que envolve escolas públicas e particulares - e em olimpíadas de outras áreas do conhecimento, como Física e Química.
Ele também foi selecionado para participar de seis competições internacionais, e conquistou duas medalhas - uma de bronze e outra de prata - na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, na sigla em inglês).
"Essas medalhas, assim como a minha primeira medalha da Obmep, são de grande valor para mim", revela o jovem, que não economiza elogios à iniciativa. "Graças à Obmep faço parte de um grupo seleto de alunos que se dedicam ao estudo da matemática pelo prazer de fazê-lo. Tenho contato com pessoas incríveis da área e um raciocínio matemático mais desenvolvido que antigamente".
Aos estudantes que gostam de desafios, matemática ou de ambos, ele recomenda apostar nos estudos, o que além, de ampliar os conhecimentos, permite a abertura de novas possibilidades. "Investir tempo estudando problemas olímpicos pode ser muito prazeroso e pode levar a oportunidades incríveis, seja pelo desenvolvimento acadêmico ou pelo ambiente promovido pela olimpíada".
Desafios
"A Obmep desenvolveu o meu gosto por matemática", reforça o mineiro André, ao admitir que não tinha interesse pela matéria até participar do PIC. "Quando comecei a frequentar as aulas, fui colocado em uma sala avançada, a partir daí, comecei a gostar mais de matemática, pois me pareciam desafiadores os problemas e os conteúdos do programa".
Além das sete medalhas da Obmep, André também conquistou cinco medalhas de ouro na Olimpíada Mineira de Matemática, outras quatro (duas de ouro e duas de prata) da OBM, duas medalhas (prata e bronze) da Olimpíada Iberoamericana, uma medalha de prata na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), uma de ouro da Olimpíada IberoamericanaUniverstária de Matemática e uma menção honrosa na Romanian Master ofMathematics de 2012.
O jovem também atribui as conquistas ao Peci, programa do qual participou no período de 2009 a 2012. "Junto com meu esforço individual, ele aprimorou muito minhas habilidades em matemática e me possibilitou obter todos os resultados que obtive", comenta. "A Obmep certamente foi a olimpíada que mais abriu portas na minha vida. Fiz muitas amizades que seguem até hoje e amadureci bastante com as possibilidades de viajar e conhecer pessoas de outras partes do Brasil e do mundo", avalia o estudante, que atualmente faz o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), também oferecido pela Obmep.
Iniciada em 2005, a Obmep é uma atividade do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), criado para estimular o estudo da disciplina entre alunos e professores de todo o país. É promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Ministério da Educação (MEC), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). O Impa é uma organização social supervisionada pelo MCTI.
----
E mais:
Matemática: amor ou desilusão? (Ciência Hoje)
.
Desempenho de Mestres e Alunos é Destaque em Premiação da OBMEP (Brazilian Space)
(JC) O brasiliense Henrique Gasparini Fiúza do Nascimento, de 17 anos, e o mineiro André Macieira Braga Costa, de 18 anos, são os primeiros heptacampeões da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).
No ano passado, oitava edição do evento, os craques dos números conquistaram mais uma medalha de ouro. Eles fazem parte do grupo que será homenageado na quarta-feira (19), em cerimônia a ser realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
A bagagem adquirida durante anos de preparação para a olimpíada contribuiu para o ingresso dos jovens na universidade. André ficou em primeiro lugar na classificação geral do vestibular 2013 da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no qual foi aprovado para o curso de engenharia mecânica. Henrique conquistou sua vaga no curso de engenharia eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Henrique conta que a dedicação aos estudos começou quando estava na 4ª série do ensino fundamental e precisou se preparar para a seleção do Colégio Militar de Brasília, onde também foi estimulado a participar das olimpíadas científicas, especialmente a Obmep. "Certamente o meu primeiro ouro na Obmep [em 2006] foi decisivo para que eu me dedicasse ainda mais aos estudos da matemática", conta.
Segundo o brasiliense, o interesse ganhou força quando, a partir da 6ª série (atual 7º ano), pode participar Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), oferecido aos medalhistas da Obmep pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Em 2009, Henrique passou a dedicar mais tempo à matemática ao entrar para o Preparação Especial para Competições Internacionais (Peci), outro programa da Obmep.
"Nos primeiros anos, eu simplesmente fazia as provas anteriores e parte do banco de questões quando ficava mais perto da prova", relata. "Depois, meus objetivos mudaram bastante e, para isso, passei a ter uma rotina intensiva de estudos, lendo diversos livros de matemática e fazendo listas de exercícios fornecidos pelo curso e pela internet".
Recompensa
O resultado se revelou em diversas competições. Além das sete medalhas de ouro na Obmep, Henrique também foi premiado na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) - também promovida pelo Impa e que envolve escolas públicas e particulares - e em olimpíadas de outras áreas do conhecimento, como Física e Química.
Ele também foi selecionado para participar de seis competições internacionais, e conquistou duas medalhas - uma de bronze e outra de prata - na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, na sigla em inglês).
"Essas medalhas, assim como a minha primeira medalha da Obmep, são de grande valor para mim", revela o jovem, que não economiza elogios à iniciativa. "Graças à Obmep faço parte de um grupo seleto de alunos que se dedicam ao estudo da matemática pelo prazer de fazê-lo. Tenho contato com pessoas incríveis da área e um raciocínio matemático mais desenvolvido que antigamente".
Aos estudantes que gostam de desafios, matemática ou de ambos, ele recomenda apostar nos estudos, o que além, de ampliar os conhecimentos, permite a abertura de novas possibilidades. "Investir tempo estudando problemas olímpicos pode ser muito prazeroso e pode levar a oportunidades incríveis, seja pelo desenvolvimento acadêmico ou pelo ambiente promovido pela olimpíada".
Desafios
"A Obmep desenvolveu o meu gosto por matemática", reforça o mineiro André, ao admitir que não tinha interesse pela matéria até participar do PIC. "Quando comecei a frequentar as aulas, fui colocado em uma sala avançada, a partir daí, comecei a gostar mais de matemática, pois me pareciam desafiadores os problemas e os conteúdos do programa".
Além das sete medalhas da Obmep, André também conquistou cinco medalhas de ouro na Olimpíada Mineira de Matemática, outras quatro (duas de ouro e duas de prata) da OBM, duas medalhas (prata e bronze) da Olimpíada Iberoamericana, uma medalha de prata na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), uma de ouro da Olimpíada IberoamericanaUniverstária de Matemática e uma menção honrosa na Romanian Master ofMathematics de 2012.
O jovem também atribui as conquistas ao Peci, programa do qual participou no período de 2009 a 2012. "Junto com meu esforço individual, ele aprimorou muito minhas habilidades em matemática e me possibilitou obter todos os resultados que obtive", comenta. "A Obmep certamente foi a olimpíada que mais abriu portas na minha vida. Fiz muitas amizades que seguem até hoje e amadureci bastante com as possibilidades de viajar e conhecer pessoas de outras partes do Brasil e do mundo", avalia o estudante, que atualmente faz o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), também oferecido pela Obmep.
Iniciada em 2005, a Obmep é uma atividade do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), criado para estimular o estudo da disciplina entre alunos e professores de todo o país. É promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Ministério da Educação (MEC), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). O Impa é uma organização social supervisionada pelo MCTI.
----
E mais:
Matemática: amor ou desilusão? (Ciência Hoje)
.
Desempenho de Mestres e Alunos é Destaque em Premiação da OBMEP (Brazilian Space)
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Olimpíada Brasileira de Matemática começa no dia 15
(JB) A prova da primeira fase da 35ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) será realizada no próximo sábado (15/06). Os organizadores esperam a participação de mais de 200 mil estudantes do ensino fundamental e médio que realizaram a inscrição em cerca de 4 mil escolas da rede pública e privada de ensino em todo o país.
A aplicação da prova da primeira fase será realizada nas escolas inscritas e está dividida em três níveis, de acordo com a escolaridade do aluno. No nível um, participam estudantes do sexto e sétimo ano do ensino fundamental, no nível dois, os que cursam o oitavo e nono ano e, no nível três, os estudantes de qualquer série do ensino médio. Para os universitários existem duas etapas que coincidem com a aplicação da segunda e terceira fases da OBM dos níveis fundamental e médio.
Nesta primeira etapa os participantes deverão resolver de 20 a 25 questões de múltipla escolha em um tempo máximo de três horas. A correção das provas será feita pelos professores das escolas participantes, seguindo o gabarito oficial publicado na página da OBM. Serão classificados para a fase seguinte os estudantes que atingirem a pontuação mínima exigida para cada um dos níveis, segundo o critério estabelecido com base nos resultados nacionais da primeira etapa.
A segunda fase ocorrerá em 21 de setembro, também nas escolas inscritas. Já a prova da fase final ocorrerá nos dias 19 e 20 de outubro, em locais a serem definidos. A divulgação dos resultados será em dezembro.
Além de medalhas e certificados, os estudantes premiados na OBM são convidados a participar da Semana Olímpica, evento que dá início ao processo de seleção para integrar as equipes que irão representar o Brasil nas olimpíadas internacionais de matemática, que reúnem os melhores estudantes de cada país na área.
A OBM, realizada desde 1979, visa estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes brasileiras que participam das diversas competições internacionais de matemática.
A competição é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e da Sociedade Brasileira de Matemática, e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, da Academia Brasileira de Ciências e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática.
A aplicação da prova da primeira fase será realizada nas escolas inscritas e está dividida em três níveis, de acordo com a escolaridade do aluno. No nível um, participam estudantes do sexto e sétimo ano do ensino fundamental, no nível dois, os que cursam o oitavo e nono ano e, no nível três, os estudantes de qualquer série do ensino médio. Para os universitários existem duas etapas que coincidem com a aplicação da segunda e terceira fases da OBM dos níveis fundamental e médio.
Nesta primeira etapa os participantes deverão resolver de 20 a 25 questões de múltipla escolha em um tempo máximo de três horas. A correção das provas será feita pelos professores das escolas participantes, seguindo o gabarito oficial publicado na página da OBM. Serão classificados para a fase seguinte os estudantes que atingirem a pontuação mínima exigida para cada um dos níveis, segundo o critério estabelecido com base nos resultados nacionais da primeira etapa.
A segunda fase ocorrerá em 21 de setembro, também nas escolas inscritas. Já a prova da fase final ocorrerá nos dias 19 e 20 de outubro, em locais a serem definidos. A divulgação dos resultados será em dezembro.
Além de medalhas e certificados, os estudantes premiados na OBM são convidados a participar da Semana Olímpica, evento que dá início ao processo de seleção para integrar as equipes que irão representar o Brasil nas olimpíadas internacionais de matemática, que reúnem os melhores estudantes de cada país na área.
A OBM, realizada desde 1979, visa estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes brasileiras que participam das diversas competições internacionais de matemática.
A competição é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e da Sociedade Brasileira de Matemática, e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, da Academia Brasileira de Ciências e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Brasileiros conquistam medalhas de ouro e prata na Olimpíada de Matemática do Cone Sul
Competição foi encerrada sexta. Brasil terminou em primeiro lugar entre os países participantes
(JC) Estudantes brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro e duas de prata na 24ª Olimpíada de Matemática do Cone Sul, competição ocorrida entre os dias 2 e 7 de junho na cidade de Assunção no Paraguai. Com este resultado o Brasil classificou-se em primeiro lugar entre os países participantes.
As medalhas de ouro foram trazidas pelos estudantes Murilo Corato Zanarella, 15, de Amparo (SP) e Victor Oliveira Reis, 16, de Recife (PE), enquanto Daniel Santana Rocha, 16, do Rio de Janeiro (RJ) e Pedro Henrique Sacramento de Oliveira, 13, de Vinhedo (SP) receberam as medalhas de prata. A equipe foi liderada pelos professores Fabio Brochero Martínez de Belo Horizente (MG) e José Armando Barbosa de Fortaleza (CE).
A competição contou com a participação de 28 estudantes das delegações da Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Os estudantes se classificaram por meio de olimpíadas nacionais de matemática de seus respectivos países. A seleção do Chile não compareceu ao evento.
A olimpíada se destina a estudantes cujas idades variam entre os 13 e 16 anos. Cada país é representado por uma equipe composta por até quatro estudantes e dois professores. O evento tem por objetivo a integração dos países da região e o intercâmbio de experiências acadêmicas entre alunos e professores.
As provas
Durante as provas, realizadas nos dias 4 e 5 de junho, os participantes tiveram quatro horas, em cada dia, para resolver três problemas de matemática, propostos pelos países participantes e selecionados por um júri internacional, composto pelos professores líderes, um por cada país participante.
O tribunal de coordenação integrado por 15 especialistas em matemática, indicados pelo país organizador, realizou as correções dos problemas resolvidos pelos competidores. Esta correção de exames implica que os líderes e vice-líderes de cada delegação avaliem e defendam o trabalho de seus estudantes ante o tribunal.
Os problemas da prova envolveram disciplinas como álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. A soma dos pontos obtidos na solução de cada problema determinou os vencedores do certame.
Brasil e as medalhas na Cone Sul
O Brasil participa do evento desde 1988, conquistando desde então o total de 89 medalhas, sendo 22 de ouro, 38 de prata e 29 de bronze. No próximo ano o evento ocorrerá no Uruguai.
A participação do Brasil na competição é organizada pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), iniciativa que visa estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes que representam o Brasil em competições internacionais do gênero.
A OBM é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (IMPA), da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), do Ministério de Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).
Para outras informações visite: www.obm.org.br
----
Matéria similar no Brazilian Space
(JC) Estudantes brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro e duas de prata na 24ª Olimpíada de Matemática do Cone Sul, competição ocorrida entre os dias 2 e 7 de junho na cidade de Assunção no Paraguai. Com este resultado o Brasil classificou-se em primeiro lugar entre os países participantes.
As medalhas de ouro foram trazidas pelos estudantes Murilo Corato Zanarella, 15, de Amparo (SP) e Victor Oliveira Reis, 16, de Recife (PE), enquanto Daniel Santana Rocha, 16, do Rio de Janeiro (RJ) e Pedro Henrique Sacramento de Oliveira, 13, de Vinhedo (SP) receberam as medalhas de prata. A equipe foi liderada pelos professores Fabio Brochero Martínez de Belo Horizente (MG) e José Armando Barbosa de Fortaleza (CE).
A competição contou com a participação de 28 estudantes das delegações da Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Os estudantes se classificaram por meio de olimpíadas nacionais de matemática de seus respectivos países. A seleção do Chile não compareceu ao evento.
A olimpíada se destina a estudantes cujas idades variam entre os 13 e 16 anos. Cada país é representado por uma equipe composta por até quatro estudantes e dois professores. O evento tem por objetivo a integração dos países da região e o intercâmbio de experiências acadêmicas entre alunos e professores.
As provas
Durante as provas, realizadas nos dias 4 e 5 de junho, os participantes tiveram quatro horas, em cada dia, para resolver três problemas de matemática, propostos pelos países participantes e selecionados por um júri internacional, composto pelos professores líderes, um por cada país participante.
O tribunal de coordenação integrado por 15 especialistas em matemática, indicados pelo país organizador, realizou as correções dos problemas resolvidos pelos competidores. Esta correção de exames implica que os líderes e vice-líderes de cada delegação avaliem e defendam o trabalho de seus estudantes ante o tribunal.
Os problemas da prova envolveram disciplinas como álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. A soma dos pontos obtidos na solução de cada problema determinou os vencedores do certame.
Brasil e as medalhas na Cone Sul
O Brasil participa do evento desde 1988, conquistando desde então o total de 89 medalhas, sendo 22 de ouro, 38 de prata e 29 de bronze. No próximo ano o evento ocorrerá no Uruguai.
A participação do Brasil na competição é organizada pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), iniciativa que visa estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes que representam o Brasil em competições internacionais do gênero.
A OBM é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (IMPA), da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), do Ministério de Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).
Para outras informações visite: www.obm.org.br
----
Matéria similar no Brazilian Space
terça-feira, 4 de junho de 2013
Estudantes brasileiros vão ao Paraguai para disputar Olimpíada de Matemática do Cone Sul
A competição internacional reúne estudantes de oito países latino-americanos
(JC) Um grupo de estudantes brasileiros viaja no próximo domingo (2) para Assunção no Paraguai para competir na 24ª Olimpíada de Matemática do Cone Sul. O evento, que acontece até o dia 7 de junho, conta com a participação das delegações da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
Cada país participante estará representado por uma equipe de até quatro estudantes de até 16 anos e dois professores líderes. O time brasileiro está formado pelos estudantes: Victor Oliveira Reis (PE), Daniel Santana Rocha (RJ), Murilo Corato Zanarella (SP) e Pedro Henrique Sacramento de Oliveira (SP). Eles foram premiados na 34ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) em 2012 e selecionados por meio da aplicação de provas e listas de exercícios, além de considerar a pontuação conquistada na disputa nacional. Os estudantes serão acompanhados pelos professores Fabio Brochero Martínez (MG) e José Armando Barbosa (CE).
A olimpíada busca proporcionar uma oportunidade para os jovens participantes demonstrarem suas habilidades em matemática, além de possibilitar a troca de conhecimentos e reforçar os contatos interculturais entre estudantes do ensino básico de diversos países latino-americanos.
Durante as provas, realizadas individualmente nos dias 4 e 5 de junho, os participantes terão 4h30, em cada dia, para resolver três problemas de matemática, propostos pelos países participantes e selecionados por um júri internacional. As questões abrangem disciplinas como álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. Na premiação serão entregues medalhas de ouro, prata, bronze e menções honrosas, distribuídas segundo percentuais mínimos de acerto.
"Esta competição é muito importante, pois permite aos estudantes mais jovens a possibilidade de ter um primeiro contato com as competições internacionais de matemática, além de proporcionar o convívio fraterno com estudantes de outros países que têm interesses similares", explica o coordenador-geral da Olimpíada Brasileira de Matemática, professor Carlos Gustavo Moreira.
A participação do Brasil na competição é organizada pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), iniciativa que visa estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes que representam o Brasil em competições internacionais do gênero.
A OBM é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (IMPA), da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), do Ministério de Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).
(JC) Um grupo de estudantes brasileiros viaja no próximo domingo (2) para Assunção no Paraguai para competir na 24ª Olimpíada de Matemática do Cone Sul. O evento, que acontece até o dia 7 de junho, conta com a participação das delegações da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
Cada país participante estará representado por uma equipe de até quatro estudantes de até 16 anos e dois professores líderes. O time brasileiro está formado pelos estudantes: Victor Oliveira Reis (PE), Daniel Santana Rocha (RJ), Murilo Corato Zanarella (SP) e Pedro Henrique Sacramento de Oliveira (SP). Eles foram premiados na 34ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) em 2012 e selecionados por meio da aplicação de provas e listas de exercícios, além de considerar a pontuação conquistada na disputa nacional. Os estudantes serão acompanhados pelos professores Fabio Brochero Martínez (MG) e José Armando Barbosa (CE).
A olimpíada busca proporcionar uma oportunidade para os jovens participantes demonstrarem suas habilidades em matemática, além de possibilitar a troca de conhecimentos e reforçar os contatos interculturais entre estudantes do ensino básico de diversos países latino-americanos.
Durante as provas, realizadas individualmente nos dias 4 e 5 de junho, os participantes terão 4h30, em cada dia, para resolver três problemas de matemática, propostos pelos países participantes e selecionados por um júri internacional. As questões abrangem disciplinas como álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. Na premiação serão entregues medalhas de ouro, prata, bronze e menções honrosas, distribuídas segundo percentuais mínimos de acerto.
"Esta competição é muito importante, pois permite aos estudantes mais jovens a possibilidade de ter um primeiro contato com as competições internacionais de matemática, além de proporcionar o convívio fraterno com estudantes de outros países que têm interesses similares", explica o coordenador-geral da Olimpíada Brasileira de Matemática, professor Carlos Gustavo Moreira.
A participação do Brasil na competição é organizada pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), iniciativa que visa estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes que representam o Brasil em competições internacionais do gênero.
A OBM é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (IMPA), da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), do Ministério de Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Olimpíadas científicas viram diferencial acadêmico para universidades
A USP segue tendência de universidades americanas e deve beneficiar estudantes que se destacam nas competições científicas
(Cartola/Terra) Atrair talentos acadêmicos é um dos motivos que fez com que a Universidade de São Paulo (USP) anunciasse, no final de abril, que estuda criar um bônus para alunos que participaram de olimpíadas científicas durante a educação básica. Apesar de a universidade não querer dar mais detalhes sobre a proposta, o anúncio representa um avanço no reconhecimento dessas iniciativas, tradição difundida nos Estados Unidos, por exemplo.
Diretor do Centro de Estudos de Ensino Superior da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jacques Schwartzman ressalta que as instituições americanas levam em conta o aluno de forma mais completa, não tomam como base apenas um exame. “Essa ideia da USP é semelhante, estimula uma atividade diferente, que vai além da prova”, explica.
O docente lembra que as universidades são autônomas e podem realizar seu processo seletivo da forma que julgarem mais adequada, por isso, nada impediria que houvesse outras variáveis para ingresso além do vestibular e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “A universidade é meritocrática, e ter outros fatores de mérito além do Enem pode ser bom, pois eles formam o conjunto de um aluno de graduação”, complementa.
Coordenador do Etapa, o professor Edmilson Motta participa do treinamento de brasileiros para a Olimpíada Internacional de Matemática há 25 anos. Ele comenta que as instituições de ensino superior americanas levam em conta, além das olimpíadas, outras atividades extracurriculares dos seus candidatos. Motta destaca que já existem iniciativas que valorizam esse tipo de competição no Brasil, como o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), que oferece bolsas para que estudantes universitários que se destacaram nas Olimpíadas de Matemática realizem estudos avançados na área, ao mesmo tempo da graduação.
Além da premiação, a visibilidade e a experiência trazidas pelos torneios também são destacadas pelo professor. “O aluno que conquista medalhas está no topo. Alguns são convidados até para ingressar direto no doutorado”, conta. Em termos acadêmicos, o docente indica que as olimpíadas antecipam temas que, muitas vezes, seriam vistos apenas em graduação ou pós.
Mais de 50 medalhas
Gustavo Haddad Braga é um exemplo de que as olimpíadas contam muito na hora de entrar na universidade, especialmente em países como os Estados Unidos. Com mais de 50 medalhas em olimpíadas científicas – em áreas variadas, de física a astronomia, passando até mesmo por linguística –, o jovem de 18 anos foi aceito no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Harvard, Stanford, Yale e Princeton.
Inicialmente em dúvida entre Harvard e o MIT, o brasileiro optou pelo segundo e conseguiu uma bolsa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para cursar a graduação. Antes de ir para os Estados Unidos, ele chegou a frequentar um semestre de medicina na USP, uma das três instituições brasileiras em que foi aprovado – além desta, também foi aceito no Instituto Militar de Engenharia e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
O processo de seleção foi semelhante entre as instituições americanas, envolvendo o Scholastic Aptitude Test (SAT) – prova de admissão para o ensino superior – redações, histórico escolar, cartas de recomendação e currículo. “Eles levam em conta absolutamente tudo o que o candidato fez, e as olimpíadas de que participei pesaram muito”, avalia Braga. Depois dessa fase, os melhores candidatos são chamados para uma entrevista na instituição de ensino.
Além das competições de conhecimento, o jovem também contava com outras atividades extracurriculares que chamaram a atenção das universidades americanas, como praticar natação – o que também lhe rendeu uma medalha -, e a criação de um programa de estudos no Objetivo, onde cursou o ensino médio, para preparar estudantes para olimpíadas científicas.
E Braga tem experiência para compartilhar. Foram seis competições internacionais: a primeira em 2008, na Coreia do Sul; a segunda no Azerbaijão, em 2009; no ano seguinte, participou de uma de astronomia na China e de física na Croácia; em 2011, outra de astronomia na Polônia e uma de matemática em Portugal, além de uma de física na Tailândia.
A primeira olimpíada de que participou foi regional, em uma universidade de São José dos Campos (SP), onde o jovem, natural de Taubaté, passou a maior parte da vida. Na época, Braga estava na 6ª série. A competição de matemática era voltada a estudantes da 7ª e 8ª séries, mas como ia bem na disciplina, uma professora sugeriu que se inscrevesse. Ele fez as provas e terminou em primeiro lugar. A partir daí, se dedicou a pesquisar e a se inscrever em várias olimpíadas, em diferentes áreas.
Mas o bom desempenho não é por acaso. Desde a 7ª série, Braga mantém uma rotina de cinco horas diárias de estudo. Ele conta que segue uma única regra no que diz respeito à vida acadêmica: jamais estudar na véspera de uma prova. E isso também conta para as competições. “Na época das olimpíadas eu desacelerava, pois o ideal é ficar descansado”, explica.
Diferencial
Não é apenas o currículo que ganha com as competições. O aprendizado propiciado pelas olimpíadas também são um diferencial na compreensão acadêmica do estudante. Para Braga, o ponto mais importante é que elas ensinam um modo diferente de ver as disciplinas, que vai além de decorar conteúdos, desenvolvendo o raciocínio lógico. “Tem que ter a base das matérias, mas ser capaz de elaborar explicações diferentes para determinados fenômenos. As provas exploram áreas que não são vistas na escola”, argumenta.
Aproximar alunos do ensino fundamental e médio do ambiente universitário também é um benefício dos torneios apontado por Braga. “Durante os treinamentos, assistíamos a aulas em faculdades, tínhamos contato com os professores, e para as olimpíadas de física, por exemplo, podíamos utilizar equipamentos avançados nos laboratórios”, relata. Para o jovem, as competições foram uma forma de compreender melhor o que ele gostaria de fazer profissionalmente. “Se não fosse pelas olimpíadas, estaria ainda mais confuso. Porque você sabe que gosta de química no colégio, mas como saber se quer trabalhar com isso?”, indaga o brasileiro.
Braga ainda não tem certeza a respeito da área para a qual se dirigirá no MIT, pois nas universidades americanas, o estudante só escolhe a profissão em que vai se formar por volta do segundo ano de curso, após passar por diversas disciplinas gerais, e no instituto é possível optar por duas formações. Até o momento, o jovem cogita engenharia elétrica e física. Entre muitas dúvidas, o estudante tem uma certeza: quer voltar ao Brasil quando terminar os estudos. “Acho que posso ter um impacto positivo no País. Além disso, sinto falta dos brasileiros. É inevitável criar raízes com o lugar onde viveu”, declara.
Conheça a seguir a história desses campeões e a opinião de especialistas sobre a importância das competições científicas para revelar novos talentos, jovens que num futuro bem próximo podem alavancar a pesquisa no Brasil e inspirar mudanças no modelo de ensino.
(Cartola/Terra) Atrair talentos acadêmicos é um dos motivos que fez com que a Universidade de São Paulo (USP) anunciasse, no final de abril, que estuda criar um bônus para alunos que participaram de olimpíadas científicas durante a educação básica. Apesar de a universidade não querer dar mais detalhes sobre a proposta, o anúncio representa um avanço no reconhecimento dessas iniciativas, tradição difundida nos Estados Unidos, por exemplo.
Diretor do Centro de Estudos de Ensino Superior da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jacques Schwartzman ressalta que as instituições americanas levam em conta o aluno de forma mais completa, não tomam como base apenas um exame. “Essa ideia da USP é semelhante, estimula uma atividade diferente, que vai além da prova”, explica.
O docente lembra que as universidades são autônomas e podem realizar seu processo seletivo da forma que julgarem mais adequada, por isso, nada impediria que houvesse outras variáveis para ingresso além do vestibular e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “A universidade é meritocrática, e ter outros fatores de mérito além do Enem pode ser bom, pois eles formam o conjunto de um aluno de graduação”, complementa.
Coordenador do Etapa, o professor Edmilson Motta participa do treinamento de brasileiros para a Olimpíada Internacional de Matemática há 25 anos. Ele comenta que as instituições de ensino superior americanas levam em conta, além das olimpíadas, outras atividades extracurriculares dos seus candidatos. Motta destaca que já existem iniciativas que valorizam esse tipo de competição no Brasil, como o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), que oferece bolsas para que estudantes universitários que se destacaram nas Olimpíadas de Matemática realizem estudos avançados na área, ao mesmo tempo da graduação.
Além da premiação, a visibilidade e a experiência trazidas pelos torneios também são destacadas pelo professor. “O aluno que conquista medalhas está no topo. Alguns são convidados até para ingressar direto no doutorado”, conta. Em termos acadêmicos, o docente indica que as olimpíadas antecipam temas que, muitas vezes, seriam vistos apenas em graduação ou pós.
Mais de 50 medalhas
Gustavo Haddad Braga é um exemplo de que as olimpíadas contam muito na hora de entrar na universidade, especialmente em países como os Estados Unidos. Com mais de 50 medalhas em olimpíadas científicas – em áreas variadas, de física a astronomia, passando até mesmo por linguística –, o jovem de 18 anos foi aceito no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Harvard, Stanford, Yale e Princeton.
Inicialmente em dúvida entre Harvard e o MIT, o brasileiro optou pelo segundo e conseguiu uma bolsa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para cursar a graduação. Antes de ir para os Estados Unidos, ele chegou a frequentar um semestre de medicina na USP, uma das três instituições brasileiras em que foi aprovado – além desta, também foi aceito no Instituto Militar de Engenharia e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
O processo de seleção foi semelhante entre as instituições americanas, envolvendo o Scholastic Aptitude Test (SAT) – prova de admissão para o ensino superior – redações, histórico escolar, cartas de recomendação e currículo. “Eles levam em conta absolutamente tudo o que o candidato fez, e as olimpíadas de que participei pesaram muito”, avalia Braga. Depois dessa fase, os melhores candidatos são chamados para uma entrevista na instituição de ensino.
Além das competições de conhecimento, o jovem também contava com outras atividades extracurriculares que chamaram a atenção das universidades americanas, como praticar natação – o que também lhe rendeu uma medalha -, e a criação de um programa de estudos no Objetivo, onde cursou o ensino médio, para preparar estudantes para olimpíadas científicas.
E Braga tem experiência para compartilhar. Foram seis competições internacionais: a primeira em 2008, na Coreia do Sul; a segunda no Azerbaijão, em 2009; no ano seguinte, participou de uma de astronomia na China e de física na Croácia; em 2011, outra de astronomia na Polônia e uma de matemática em Portugal, além de uma de física na Tailândia.
A primeira olimpíada de que participou foi regional, em uma universidade de São José dos Campos (SP), onde o jovem, natural de Taubaté, passou a maior parte da vida. Na época, Braga estava na 6ª série. A competição de matemática era voltada a estudantes da 7ª e 8ª séries, mas como ia bem na disciplina, uma professora sugeriu que se inscrevesse. Ele fez as provas e terminou em primeiro lugar. A partir daí, se dedicou a pesquisar e a se inscrever em várias olimpíadas, em diferentes áreas.
Mas o bom desempenho não é por acaso. Desde a 7ª série, Braga mantém uma rotina de cinco horas diárias de estudo. Ele conta que segue uma única regra no que diz respeito à vida acadêmica: jamais estudar na véspera de uma prova. E isso também conta para as competições. “Na época das olimpíadas eu desacelerava, pois o ideal é ficar descansado”, explica.
Diferencial
Não é apenas o currículo que ganha com as competições. O aprendizado propiciado pelas olimpíadas também são um diferencial na compreensão acadêmica do estudante. Para Braga, o ponto mais importante é que elas ensinam um modo diferente de ver as disciplinas, que vai além de decorar conteúdos, desenvolvendo o raciocínio lógico. “Tem que ter a base das matérias, mas ser capaz de elaborar explicações diferentes para determinados fenômenos. As provas exploram áreas que não são vistas na escola”, argumenta.
Aproximar alunos do ensino fundamental e médio do ambiente universitário também é um benefício dos torneios apontado por Braga. “Durante os treinamentos, assistíamos a aulas em faculdades, tínhamos contato com os professores, e para as olimpíadas de física, por exemplo, podíamos utilizar equipamentos avançados nos laboratórios”, relata. Para o jovem, as competições foram uma forma de compreender melhor o que ele gostaria de fazer profissionalmente. “Se não fosse pelas olimpíadas, estaria ainda mais confuso. Porque você sabe que gosta de química no colégio, mas como saber se quer trabalhar com isso?”, indaga o brasileiro.
Braga ainda não tem certeza a respeito da área para a qual se dirigirá no MIT, pois nas universidades americanas, o estudante só escolhe a profissão em que vai se formar por volta do segundo ano de curso, após passar por diversas disciplinas gerais, e no instituto é possível optar por duas formações. Até o momento, o jovem cogita engenharia elétrica e física. Entre muitas dúvidas, o estudante tem uma certeza: quer voltar ao Brasil quando terminar os estudos. “Acho que posso ter um impacto positivo no País. Além disso, sinto falta dos brasileiros. É inevitável criar raízes com o lugar onde viveu”, declara.
Conheça a seguir a história desses campeões e a opinião de especialistas sobre a importância das competições científicas para revelar novos talentos, jovens que num futuro bem próximo podem alavancar a pesquisa no Brasil e inspirar mudanças no modelo de ensino.
Assinar:
Postagens (Atom)