quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Vencedor das principais Olimpíadas de Matemática do mundo vê a disciplina como “uma forma de arte”

"Tive que superar vários obstáculos", conta Murilo Corato Zanarella, após conquistar mais de 30 medalhas dentro e fora do Brasil

(Portal Brasil) Boa parte dos estudantes das escolas brasileiras costumam enxergar a matemática como uma das disciplinas mais temidas. Geralmente, a maior parte deles tem grande dificuldade com números, contas, fórmulas.

Entretanto, nem todos a encaram assim. Murilo Corato Zanarella, de 16 anos, demonstra, desde o primeiro ano escolar, muita facilidade e aptidão pela matéria. O interesse e o prazer em que sempre dedicou ao estudá-la resultou em prêmios, como a medalha de prata na última edição da Olimpíada Internacional de Matemática, a competição mais importante do mundo na área.

Em entrevista ao Brasilidade, Murilo, natural de Amparo, interior de São Paulo, conta que já nas primeiras séries, professores perceberam sua aptidão e lhe passavam exercícios extras para estimulá-la. Segundo o estudante, esse incentivo fez com que ele pudesse conhecer o lado criativo e desafiador da matemática.

Murilo lembra que foi apresentado às Olimpíadas de Matemática em 2008, quando estava na sexta série do ensino fundamental. Esse primeiro contato com o mundo das Olimpíadas foi por meio de um professor, que notou o potencial que ele tinha para a área de exatas. A partir daí, Murilo seguiu e não parou mais, se tornando um grande vencedor dessas competições.

Conquistas
De lá para cá foram mais de 30 medalhas em competições nacionais e internacionais: medalha de prata na Olimpíada Internacional de Matemática em 2014; ouro na Ibero-Americana com a maior pontuação possível; ouro na Olímpiada do Cone Sul (2013); duas pratas na Olimpíada da Ásia e do Pacífico (2013 e 2014); dois ouros (2012/2013) e dois bronzes (2009/2011) na Olimpíada Rio Pratense, organizada pelos países da América do Sul banhados pelo Rio da Prata: Argentina, Uruguai e Paraguai.

Participou ainda seis vezes da Olimpíada Brasileira de Matemática, conquistando um ouro (2013), duas pratas (2012/2011) e dois bronzes (2010/2009); venceu a Olimpíada Brasileira de Astronomia em 2011, além de ficar em primeiro lugar em cinco edições da Olimpíada Paulista, entre muitas outras.

No entanto, apesar desse sucesso, Murilo lembra que chegar a esses resultados não foi nada fácil: “Eu tive que superar vários obstáculos. Inicialmente, por vir de uma cidade pequena do interior, eu não sabia muito bem nem o que deveria estudar para as competições,” confessou.

Segundo Murilo, participar das Olimpíadas o ensinou a organizar seus estudos, traçar objetivos e a ter dedicação. Ele conta que seu interesse e aptidão pela matemática garantiu a ele muitas oportunidades. A mais recente foi a conquista de uma bolsa de estudos integral em um dos maiores colégios privados da capital paulista.

De acordo com a mãe do estudante, Leila Corato, o caminho que o filho percorreu para chegar a uma olimpíada como a Olimpíada Internacional de Matemática exigiu, além de talento, muito comprometimento e dedicação.

“Apesar de a caminhada nem sempre ter sido fácil, ainda acreditamos que vale a pena acreditar nos sonhos e que para buscá-los todo esforço é válido. Nos orgulhamos muito da dedicação do Murilo nos últimos anos, o que nos faz acreditar realmente que a educação é o caminho mais promissor para grandes conquistas. A história de empenho dele é um incentivo para muitos jovens.”

Relação com os amigos
Murilo conta que seu gosto pela matemática influencia os próprios amigos. Segundo ele, pessoas que antes não suportavam a matemática quando o conhecem ou sabem sua história acabam demonstrando mais interesse pela disciplina. Murilo atribui isso ao fato de a Matemática das Olimpíadas ser muito diferente da ensinada tradicionalmente nas escolas.

“Na escola você aprende algumas regras e simplesmente as aplica. A matemática das Olimpíadas tem um lado muito mais criativo, você praticamente desenvolve sua própria teoria para resolver os problemas”.

Ele acredita que quando as pessoas têm contato com esse lado mais dinâmico da matemática acabam vendo a matéria de modo diferente, gostando dela. Murilo enxerga a matemática como uma forma de arte e acredita que sua proximidade com a disciplina o tornou um jovem altamente crítico

Carreira
Ao conversar com o Brasilidade, o estudante Murilo Corato revelou pretender seguir a carreira de pesquisador. Ele presta vestibular no final desde ano para o curso de matemática e traça planos para o futuro, com mestrado e doutorado na área, pois segundo ele, gosta de refletir sobre uma matemática mais dinâmica. De acordo com Murilo, ele deseja, no futuro, pesquisar sobre problemas abertos e existentes na matemática.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

7a. Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

Cerimônia de premiação será no dia 26/11 na Fiocruz, Rio de Janeiro

(JC) A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), projeto educativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chega ao fim de sua 7ª edição premiando professores e alunos no dia 26 de novembro, a partir das 9h, na Tenda da Ciência, na Fiocruz, Rio de Janeiro. Além dos 68 contemplados vindos de todas as regiões brasileiras, a cerimônia de premiação nacional vai contar com a presença de autoridades da Fundação, dos coordenadores regionais da Olimpíada e terá palestra de abertura feita por André Trigueiro, jornalista especialista em sustentabilidade (Globo News/Puc Rio). Na ocasião, serão anunciados os destaques nacionais, ou seja, os melhores trabalhos dentre a lista de destaques regionais e placas comemorativas vão ser dadas a cada trabalho premiado.

Após cinco meses com inscrições abertas, a sétima edição da Olimpíada teve um recorde de trabalhos: foram 520 projetos recebidos de todo o Brasil. Os jurados convidados para as avaliações regionais, realizadas no mês de outubro, ficaram impressionados com a diversidade das temáticas, a criatividade nas abordagens e o engajamento de professores e alunos de cada canto do país. A lista de premiados foi divulgada no site e redes sociais da Olimpíada no dia 28 de outubro e pode ser acessada em: http://www.olimpiada.fiocruz.br/premiados-7obsma. Entrevistas com os coordenadores regionais falando sobre as avaliações e os trabalhos recebidos nessa edição também podem ser encontradas no site: www.olimpiada.fiocruz.br .

Sobre a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente – Fiocruz
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA) é um projeto educativo criado em 2001 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por meio da Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC) em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Desde 2013, a Olimpíada realiza parte de suas atividades, como as Oficinas Pedagógicas e a Mostra Olímpica, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do edital voltado a Olimpíadas Científicas. A OBSMA tem abrangência nacional é organizada em regionais e a cada dois anos projetos desenvolvidos por professores e alunos em sala de aula, que abordem as temáticas de saúde e meio ambiente, podem ser enviados para avaliação. Comissões regionais avaliam e escolhem os trabalhos que mais se destacam em todo o país para que sejam premiados e divulgados. A Olimpíada contempla os trabalhos realizados por alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio – incluindo os ensinos profissionalizante e de jovens e adultos (EJA) -, nas modalidades Produção Audiovisual, Produção de Texto e Projeto de Ciências.

A OBSMA busca incentivar a realização de trabalhos que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde no Brasil, além de possibilitar que o conhecimento científico se torne próximo do cotidiano escolar e que as atividades pedagógicas de professores e escolas ganhem visibilidade. Estão entre os objetivos da Olimpíada:

(1) incentivar a realização de atividades interdisciplinares relacionadas à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida, nas escolas brasileiras de educação básica e;

(2) conhecer, valorizar e divulgar essas atividades.

Contabilizando cerca de quatro mil projetos inscritos em todas as edições, a Olimpíada já recebeu trabalhos que chamaram a atenção para temas como preservação de recursos hídricos, problemas gerados pelo lixo, malefícios causados por agrotóxicos, entre outros, expressos em poesias, documentários, cordéis, pesquisas de campo, reportagens e projetos de reciclagem.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Olimpíada define nesta sexta os ganhadores regionais de poemas

Participam da quarta edição 38 finalistas

(JC) Estudantes que concorrem no gênero literário poema na quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro participam, em Belo Horizonte, da etapa regional, que definirá 38 finalistas. O encontro, que reúne também os 125 professores desses estudantes, do quinto e do sexto anos do ensino fundamental, foi encerrado na sexta-feira, 31.

A olimpíada terá, até 20 de novembro próximo, outras três etapas regionais para a seleção dos finalistas:

De 3 a 6 de novembro, em Maceió, dos alunos do sétimo e oitavo anos do ensino fundamental, gênero memória.

De 10 a 13 de novembro, em Porto Alegre, dos alunos do nono ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, gênero crônica.

De 17 a 20 de novembro, dos estudantes do segundo e do terceiro anos do ensino médio, gênero artigos de opinião.

A seleção final, de 24 a 28 de novembro, caberá a uma comissão nacional. A premiação será entregue em 1º de dezembro, em Brasília. As quatro etapas regionais reúnem, no conjunto, 500 estudantes semifinalistas e seus professores. Em cada gênero literário serão selecionados 38 finalistas, que terão os textos avaliados pela comissão nacional, coordenada pelo Ministério da Educação. A comissão apontará os 20 melhores textos.

Atividades — Conforme o regulamento da olimpíada, os encontros regionais visam a ampliar as habilidades de leitura e escrita e o universo cultural dos alunos, além de desenvolver, com os professores, atividades que contribuam para melhorar a qualidade do trabalho docente.

Nos quatro dias de duração de cada etapa regional, a equipe técnica da olimpíada analisa, com os semifinalistas, os textos desenvolvidos e os ajuda a produzir novos trabalhos. Esse material, também de acordo com o regulamento, vai subsidiar a análise e a seleção finais.

As comissões julgadoras regionais são organizadas e coordenadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e constituídas por representantes do Ministério da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da Fundação Itaú Social e de universidades e por professores de língua portuguesa. Cada comissão tem o mínimo de sete integrantes.

Mobilização — A quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro mobiliza 46.902 escolas públicas. Nos 26 estados e no Distrito Federal, 5,1 milhões de alunos concorrem com poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião. O tema de todos os gêneros é O Lugar onde Vivo.

Dos 5.565 municípios do país, 5.041 estão representados na competição, o que representa 90,1% do total. Em 12 estados, 100% dos municípios aderiram.