sexta-feira, 31 de maio de 2013

Estudante paranaense treina para olimpíada internacional de astronomia

A vaga é consequência da medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica conquistada pelo adolescente

(Bem Paraná) O estudante Lucas Bartoszik, 15 anos, do 2.º ano do ensino médio do Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra, em Virmond, município do Centro-Sul do Paraná, vai participar nos próximos meses de um treinamento especial, em Passa Quatro (MG), para se preparar para a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica.

A vaga é consequência da medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica conquistada pelo adolescente no ano passado. Lucas também conseguiu outras medalhas em edições anteriores da disputa: prata em 2010 e bronze em 2011. “A cada ano me preparo um pouco mais para a competição. Sempre é uma boa experiência participar da Olimpíada”, disse.

O estudante não sabe ao certo como começou o seu interesse pela astronomia. Na infância ele foi presenteado com um livro sobre o assunto. “Como eu tinha três anos, meu pai sempre lia para mim”, lembrou Lucas a respeito do incentivo aos estudos. Para ele, a astronomia é uma ciência fascinante porque traz vários desafios. “Ainda não descobriram tudo sobre o assunto. Sempre leio artigos científicos e pesquisas com novas discussões na área”, comentou.

A Olimpíada Latino-Americana deve acontecer em setembro em local ainda a ser definido. Lucas espera que com a sua participação várias oportunidades de estudos apareçam mais à frente. Ele quer ser bacharel em Física e seguir na carreira de pesquisador na área de astronomia.

OLIMPÍADA - O prazo final para cadastro de alunos e professores da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) 16 de junho. Informações no site: www.oba.org.br/site .

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Inscrições abertas para a Olimpíada de Química do Rio de Janeiro

CTC/PUC-Rio, IFRJ e Colégio Pedro II organizam competição estadual destinada a alunos do ensino médio

(JC)Estão abertas as inscrições para 8ª edição da Olimpíada de Química do Rio de Janeiro (OQRJ), voltada para alunos que estejam cursando qualquer um dos três anos do ensino médio. Desde 2010, o Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) é um dos organizadores da competição estadual, sendo responsável pela elaboração e correção das provas. Junto dele estão o IFRJ (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro) e o Colégio Pedro II. A primeira fase será realizada no dia 16 de agosto, na própria escola do aluno, e a segunda fase será no dia 05 de outubro, no Campus Gávea da PUC-Rio.

A competição tem como objetivo despertar o interesse dos estudantes pela Química, influenciar na melhoria do ensino e aumentar o contato desses jovens com as universidades. Além disso, a competição regional visa identificar os alunos talentosos em Química e prepará-los para a Olimpiada Brasileira de Química (OBQ). Vale ressaltar que não há um limite máximo de alunos que podem ser inscritos por cada escola, mas cada instituição deve, obrigatoriamente, inscrever um professor representante. Em 2012, cerca de 2.500 alunos participaram da primeira fase e aproximadamente 300 passaram à etapa seguinte.

Os professores que representarão suas escolas na OQRJ e os alunos interessados podem se inscrever pelo site http://www.dctc.puc-rio.br/olimpiadasquimica/ até 9 de agosto.

Na segunda fase, como a competição é realizada simultaneamente com a prova "Desafios em Química" da PUC-Rio, com provas rigorosamente iguais, os dois primeiros colocados entre os competidores do 3º ano do ensino médio, se inscritos no vestibular da universidade, ganharão também bolsa integral para estudar Química na PUC-Rio.

Olimpíada Estadual é a primeira etapa para chegar à competição internacional
Os 20 melhores de cada uma das categorias EM1 e EM2 (alunos do 1º e 2º ano do ensino médio, respectivamente) da OQRJ 2013 poderão participar da Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) 2014.

Além disso, os alunos da EM1 poderão também se beneficiar do projeto "PUC por um semestre", promovido pelo PIUES (Programa de Integração Universidade Escola Sociedade), que os preparará para a etapa nacional.

Aqueles que conquistarem uma medalha na OBQ têm ainda uma boa notícia: a chance de fazer um curso preparatório para a última prova nacional que seleciona os três brasileiros que representam o País na Olimpíada Internacional de Química.

Este ano, pela primeira vez, o Estado do RJ teve alunos neste curso. Após uma longa e intensiva preparação, os cariocas Nathan de Souza Mateus, Pedro Henrique Fonseca Duque e Thiago Silva Viana, medalhistas de prata e bronze na OBQ e alunos do "PUC por um Semestre" em 2012, já estão prontos para a prova, agora em abril, que vai selecionar os brasileiros que irão para a edição internacional da competição, agendada para o mês de julho, em Moscou.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Com aulas práticas, alunos do interior da Paraíba se destacam em olimpíada de matemática

Professora promove ensino diferenciado em meio a uma região afetada pela seca e obtém ótimos resultados

(JC) No ano passado, 22 alunos de Paulista, município do interior da Paraíba com cerca de 12 mil habitantes, foram premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Foram cinco medalhas de ouro, duas de prata, três de bronze e 12 menções honrosas. O caso chamou a atenção da imprensa para os métodos "práticos" da professora Jonilda Alves Ferreira, responsável pelo desempenho da maioria desses estudantes, com idades entre 11 e 13 anos. Nesta quarta-feira (15), eles foram homenageados na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE).

- Jonilda promoveu em sua cidade uma revolução silenciosa no ensino de matemática, em meio a uma região afetada pela seca - disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que solicitou a homenagem.

Dos 22 alunos premiados do município de Paulista, 13 pertencem à Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, onde a professora leciona - um deles é Wanderson, seu filho. Ao explicar como estimula os alunos a estudar matemática e a participar da olimpíada, ela conta que, sempre que possível, promove "aulas práticas" para envolver os estudantes, levando-os, por exemplo, a uma pizzaria para aprender o que são e como se calculam as frações ou a um posto de gasolina para conhecer os números decimais e regra de três. Nas aulas de geometria, ela faz com que os alunos saiam da sala de aula para medir a área e o perímetro da própria escola.

- Eu os coloco em situações nas quais eles vivenciam a matemática - ressaltou Jonilda, acrescentando que feiras e farmácias são outros locais em que seus estudantes aprendem a disciplina.

Ao elogiar o trabalho da professora, Mônica Gardelli Franco, do Ministério da Educação (MEC), assinalou que Jonilda "deu concretude a uma disciplina que em geral é ensinada de forma muito abstrata e que, por isso, muitas vezes acaba não fazendo sentido no cotidiano". Mônica Franco lembrou que a matemática surgiu da necessidade de explicar a realidade, "nasceu com pessoas que enfrentavam dificuldades e encontraram respostas por meio da matemática".

- Jonilda resgata essa compreensão - observou Mônica Franco, que é diretora de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do MEC.

Escrita e raciocínio lógico
Outro ponto ressaltado por Jonilda Ferreira é a necessidade de estimular, logo nos primeiros anos do ensino fundamental, a capacidade não apenas de escrever, mas também de desenvolver o raciocínio lógico por meio da escrita. Ela contou que vários de seus alunos chegam à sexta série (momento em que podem começar a participar da olimpíada) com dificuldades para justificar em um texto os cálculos que fizeram - o que é uma das exigências dessa olimpíada.

- Eu aprendi a matemática com o cálculo "pronto". Quando fui fazer a licenciatura e o curso exigia que eu escrevesse para justificar os cálculos, sofri muito para aprender isso - relatou a professora.

Olimpíada para estimular talentos
Promovida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é executada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que tem sede no Rio de Janeiro. Claudio Landim, que é diretor-adjunto do instituto e coordenador-geral da olimpíada, frisou que um dos objetivos da competição é "detectar alunos com talento para a matemática e permitir que eles tenham uma boa formação nessa área".

Entre os exemplos que citou, está o de Tábata Amaral, de São Paulo. Após obter uma medalha de prata em 2005 e outra de ouro em 2006, ela recebeu bolsa integral de uma escola particular, participou de competições semelhantes no exterior e hoje faz faculdade em Harvard. Claudio Landim também destacou o caso do cearense Ricardo Oliveira, portador de amiotrofia espinhal, que desde 2006 obteve várias medalhas de ouro na olimpíada. Devido à doença, o estudante só foi à escola a partir dos 17 anos, "levado pelo pai num carrinho de mão". A partir do segundo semestre, ele vai cursar mecatrônica industrial no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).

O coordenador-geral da olimpíada informou que, neste ano, 47 mil escolas públicas se inscreveram na competição, que registrou mais de 18 milhões de alunos inscritos.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A OBA está chegando!

(Mercado da Comunicação) No próximo dia 10 de maio, vai ser aplicada, em todo o Brasil, a prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). O projeto é dividido em quatro níveis: os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto, para o médio. As medalhas serão distribuídas conforme a pontuação obtida nos diferentes processos.

Segundo o astrônomo e coordenador nacional da OBA, Dr. João Canalle, cada seleção será constituída de dez perguntas: cinco de Astronomia, três de Astronáutica e duas de Energia. No You Tube, há um vídeo com explicações detalhadas do professor sobre a iniciativa (http://youtu.be/T_gqQhiw3J8). “As questões serão, em sua maioria, de raciocínio lógico. E, muitas vezes, a resposta poderá até constar nos enunciados de outras perguntas. Nossa missão principal é levar a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais, além de instigar o interesse dos jovens”, explica.

Em 2012, a olimpíada reuniu cerca de 800 mil alunos de aproximadamente 9 mil escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. A expectativa desse ano é ultrapassar a marca de 1 milhão de participantes.

O dia 10 de maio será também a data limite para que os participantes da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) possam enviar o seu material para a avaliação da coordenação. Igualmente realizado pela OBA, o evento avalia a capacidade dos jovens de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de plástico e papel. Acontece dentro da própria escola e possui quatro níveis. Não há obrigatoriedade em relação ao número, mínimo ou máximo, de alunos por grupo.

Os protótipos devem ser elaborados e lançados individualmente ou em equipe. Após o dia da prova da OBA, a escola deverá informar os nomes dos alunos e os alcances obtidos. No final, todos receberão um certificado, incluindo professores e diretores, e os melhores resultados serão contemplados com medalhas.

Os participantes do nível 1, do primeiro ao terceiro ano do fundamental, utilizarão apenas canudinhos de refrigerante. Os do nível 2, do quarto ao quinto ano, mexerão com tubinhos de papel. Já os do nível 3, do sexto ao nono ano, construirão com garrafas PET, mas usando somente ar comprimido para lançá-los.

Os alunos do ensino médio também produzirão um foguete de garrafa PET, mas com um elemento mais complexo: o combustível líquido. Durante o trabalho, eles aprendem, na prática, a famosa Lei da Física da Ação e Reação, de Isaac Newton, e para isso, será usado um combinado de vinagre e bicarbonato de sódio (fermento em pó). Além os protótipos, eles também terão que desenvolver a base de lançamento.

Participação em olimpíadas do exterior
Os estudantes mais bem classificados nesse ano vão integrar as equipes que representarão o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2014. Além disso, os participantes da edição desse ano vão concorrer a vagas nas jornadas Espacial e de Foguetes, e no Space Camp, onde receberão material didático, assistirão a palestras de especialistas e ainda poderão ganhar uma bolsa de iniciação científica.

Organização
A OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Mais informações:
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA):
http://www.oba.org.br

Vídeo com as explicações do astrônomo João Canalle:



----
E mais:
Entrevista do Prof Canalle - UNESP - (10/05/2013)
----
UPDATE:
Olimpíada de Astronomia e Astronáutica aplica provas hoje (Terra)
.
Conheça a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) (Globo Educação)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Alunos Lançam Foguetes Produzidos Por Eles em Escola de Natal

Foguetes foram produzidos com garrafas plásticas recicladas. A atividade está voltada à Olimpíada Brasileira de Astronomia.


(G1/Brazilian Space) Conhecimentos de Astronomia têm sido abordados pelos professores do Instituto Educacional Casa Escola (IECE), escola particular de Natal, de forma bem criativa. Alunos do 6º ao 9º ano se preparam para o lançamento dos foguetes montados por eles mesmos na sala de aula. Na ocasião, as equipes competirão entre si, e também entre alunos de todo o país, através da Olimpíada Brasileira de Astronomia - evento que há cinco anos tem registrado a participação dos estudantes do IECE.

O lançamento dos foguetes acontece na próxima semana, com cerca de 60 alunos da instituição de ensino. O local do lançamento ainda será definido. Duas garrafas pet são suficientes para a montagem da estrutura dos foguetes didáticos. Para o combustível? Água e ar comprimido.

Segundo o professor de Ciências e coordenador do IECE, Jorge Raminelli, com apenas esses materiais já é possível confeccionar um foguete que alcance cem metros de altura. “Na Casa Escola, ensinamos princípios de física e conhecimentos sobre astronomia, desde o 2º ano do Ensino Fundamental I. Os pequenos já chegam a lançar foguetes feitos de canudos, mas que contam com o mesmo mecanismo dos foguetes montados pelos alunos do 6º ao 9º ano”, explica.

Para o coordenador do IECE, a participação dos alunos em atividades paralelas à teoria vista em sala de aula é importante para que desenvolvam autonomia quanto à resolução de problemas. “Livro didático não é tudo. É preciso colocar o aluno para pensar. A ideia da educação de hoje não é medir conhecimento, mas a habilidade do estudante”, explica.

Para que os estudantes tenham condições de participar de competições como essa, os professores também passam por uma intensa preparação. “Uma equipe de professores de escolas da cidade passou mais de uma semana na Barreira do Inferno, recebendo orientações teóricas sobre o assunto, que foram repassadas prontamente para os alunos em sala de aula”, observa Jorge.

Assim que os foguetes forem lançados na competição, uma comissão fará o registro dos dados que renderão pontuações às equipes de alunos. As informações serão lançadas no site da própria Olimpíada, que reunirá os registros de escolas de todo o país. Todos os alunos recebem certificado e a entrega das medalhas está relacionada aos resultados alcançados pelas equipes, através das pontuações obtidas.

----
E mais:
IFMS promove 2ª Mostra de Foguetes em Corumbá (Correio do Estado)